domingo, 2 de janeiro de 2011

Baenão resiste ao tempo

Baenão resiste ao tempo

Baenão resiste ao tempo (Foto: Mário Quadros)
Resistiu às tentativas de venda sob a alegação da salvação do clube (Foto: Mário Quadros)
Ele já foi palco de grandes conquistas, mas também de alguns fracassos. Apelidado de Baenão, Evandro Almeida tem quase 100 anos de existência. Está meio abandonado, sujo, mal cuidado, mas ainda pertence ao Clube do Remo. E para ele isto é o que mais importa.

Em 2010, um ano em que quase tudo deu errado para o Leão, Evandro Almeida sofreu bastante com os inúmeros anúncios de leilão. Detalhe: antes disso, quase que ele foi vendido a um grupo de construtoras. “O que seria de mim se tivessem me negociado?”, imagina Evandro. “Eles iriam me destruir, não sobraria nada, eu ficaria apenas na memória do torcedor”, respira o Baenão, aliviado. Como não conseguiram nada com Evandro, a bola passou para o seu filho, Carrossel, que por pouco não foi desvinculado do Baenão.

Aliás, Evandro Almeida aproveita para relembrar de alguns dos melhores momentos de toda a sua vida, grandes partidas que ele teve o prazer e o privilégio de poder acompanhar tudo de pertinho. “Aqui, o Palmeiras perdeu de 3 a 0, em 1978. O Leão (goleiro) ficou tão bravo que chutou a bola para longe de mim (risos)”. O Baenão também nunca vai esquecer do dia em que recebeu a ilustre visita de Pelé, o maior jogador de todos os tempos.

Mas outras situações, ele prefere nem comentar. “Em 2010 eu sofri bastante, mas em 2001 também passei por dias difíceis. Eu vi de pertinho o Remo perder para o Paysandu por 4 a 0, por duas vezes naquele ano. Não gosto nem de lembrar disso...”. Depois de pular tantas barreiras e de uma temporada tão conturbada, Evandro Almeida torce para que o próximo ano seja totalmente diferente de 2010, um ano que ele quer esquecer para sempre.

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