12.03.2011
Cálculo errado derrubou Real Class, diz UFPA
Após 39 dias da queda do edifício Real Class, que matou três pessoas e atingiu moradores de um quarteirão, com casas, carros e nervos prejudicados, foi divulgada perícia que aponta a causa e dá respostas. O Grupo de Análise Experimental de Estruturas e Materiais (Gaema), formado por professores da Faculdade de Engenharia Civil da Universidade Federal do Pará, entregou o laudo pericial que aponta que o edifício caiu por erro no cálculo do projeto estrutural. O engenheiro calculista da obra é Raimundo Lobato da Silva, contratado pela Real Engenharia.
Chefiada pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-PA), a comissão que solicitou a perícia é composta por representantes do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Pará (Sinduscon), Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), Associação dos Construtores de Obras Públicas (Acoop), Faculdade de Engenharia da Universidade Federal do Pará, Faculdade Ideal (Faci), Universidade da Amazônia (Unama) e Instituto de Avaliação e Perícias de Engenharia do Pará (Iapep).
O fato de o reitor Carlos Maneschy fazer questão de frisar que a UFPA não tem nenhum envolvimento com o laudo reforça, para José Viana, presidente do Crea, que o trabalho desenvolvido pelos engenheiros do Gaema – ao custo de R$ 100 mil - é independente. “Eles têm autonomia e titulações competentes para realizar o trabalho”, esclareceu.
Em pouco mais de um mês, os sete professores do grupo, engenheiros civis com titulações em materiais, fundações e estruturas, analisaram os projetos de arquitetura, estrutura, fundações e laudos de sondagem do edifício e realizaram testes e ensaios em amostras de aço e concreto no laboratório do Instituto de Tecnologia da Faculdade.
O laudo, entregue às 9h de ontem ao Crea, foi lido à imprensa na tarde de ontem, na sede do conselho, por Denio Ramam de Oliveira, PHD em estruturas e coordenador do Gaema. A perícia aponta que o concreto e o aço empregados na estrutura apresentavam resistências compatíveis com as recomendadas pelas normas brasileiras. As fundações foram corretamente projetadas, levando em consideração as cargas informadas no projeto.
Em resumo, o que o documento informa é que o esqueleto do prédio foi mal projetado e, quando a estrutura foi submetida a uma combinação elevada de carregamentos verticais e horizontais (vigas e lajes), não conseguiu sustentar o peso. Por mais que os ‘sinais’ como estalos ou fissuras não tenham aparecido, o problema estava ali presente. “Aconteceu diferente do que ele pensava e calculou como estrutura para o prédio”, concluiu Manuel Diniz Perez, coordenador da Faculdade de Engenharia Civil da UFPA e doutor em Materiais e Processos.
Por todas essas implicações, a edificação Real Class deformou, esmagou os pilares e tombou.
Chefiada pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-PA), a comissão que solicitou a perícia é composta por representantes do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Pará (Sinduscon), Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), Associação dos Construtores de Obras Públicas (Acoop), Faculdade de Engenharia da Universidade Federal do Pará, Faculdade Ideal (Faci), Universidade da Amazônia (Unama) e Instituto de Avaliação e Perícias de Engenharia do Pará (Iapep).
O fato de o reitor Carlos Maneschy fazer questão de frisar que a UFPA não tem nenhum envolvimento com o laudo reforça, para José Viana, presidente do Crea, que o trabalho desenvolvido pelos engenheiros do Gaema – ao custo de R$ 100 mil - é independente. “Eles têm autonomia e titulações competentes para realizar o trabalho”, esclareceu.
Em pouco mais de um mês, os sete professores do grupo, engenheiros civis com titulações em materiais, fundações e estruturas, analisaram os projetos de arquitetura, estrutura, fundações e laudos de sondagem do edifício e realizaram testes e ensaios em amostras de aço e concreto no laboratório do Instituto de Tecnologia da Faculdade.
O laudo, entregue às 9h de ontem ao Crea, foi lido à imprensa na tarde de ontem, na sede do conselho, por Denio Ramam de Oliveira, PHD em estruturas e coordenador do Gaema. A perícia aponta que o concreto e o aço empregados na estrutura apresentavam resistências compatíveis com as recomendadas pelas normas brasileiras. As fundações foram corretamente projetadas, levando em consideração as cargas informadas no projeto.
Em resumo, o que o documento informa é que o esqueleto do prédio foi mal projetado e, quando a estrutura foi submetida a uma combinação elevada de carregamentos verticais e horizontais (vigas e lajes), não conseguiu sustentar o peso. Por mais que os ‘sinais’ como estalos ou fissuras não tenham aparecido, o problema estava ali presente. “Aconteceu diferente do que ele pensava e calculou como estrutura para o prédio”, concluiu Manuel Diniz Perez, coordenador da Faculdade de Engenharia Civil da UFPA e doutor em Materiais e Processos.
Por todas essas implicações, a edificação Real Class deformou, esmagou os pilares e tombou.