“CQC” reedita programa americano sobre pedofilia que já causou um suicídio
O polêmico quadro sobre pedofilia do programa "CQC", exibido na última segunda-feira (19), é cópia de um programa de enorme sucesso dos Estados Unidos, como apontou Mauricio Stycer, do "Uol".. Na TV americana, o repórter Chris Hansen, da "NBC", realizou uma dezena de reportagens denominadas "To Catch a Predator", entre 2004 e 2007.
Hansen marcava encontros pela internet com supostos pedófilos e os encontrava, gravando todos os momentos do encontro. Em um dos casos, quando a polícia teve acesso às fitas, um homem se matou quando os agentes federais foram até sua casa para checar a denúncia de que ele teria marcado um encontro com um menino de 13 anos, que, na verdade, era o repórter disfarçado. A "NBC", inclusive, chegou a ser processada em US$ 105 milhões por causa deste caso.
No "CQC", uma atriz de 19 anos se passou por uma jovem adolescente de 14 anos chamada "Carolzinha". Ela marcou um encontro com um homem, supostamente um pedófilo. Ao chegar ao local combinado, o homem tinha cervejas e camisinhas na mão.
Em vez de "Carolzinha", que nunca existiu, o homem se encontrou com o repórter Ronald Rios, que se irritou com a situação. "Sai agora que você tá com sorte. Você nunca mais faz uma merda dessas", disse Ronald para o potencial abusador, que pediu desculpas e reconheceu o erro.
Nos Estados Unidos, as investigações de "To Catch A Predator" levantou dezenas de dúvidas éticas sobre o papel de um jornalista em casos de polícia e resultou em muitas prisões e condenações. No Brasil, o "CQC" avisou que o quadro deve servir de aviso e alerta para os perigos na internet.
Tanto no programa americano quanto no brasileiro o público foi avisado de que se tratava de uma armação.