quinta-feira, 23 de agosto de 2012

“CQC” reedita programa americano sobre pedofilia que já causou um suicídio

“CQC” reedita programa americano sobre pedofilia que já causou um suicídio


Imagem mostra repórter Ronald Rios com suposto pedófilo (Foto: Reprodução)

O polêmico quadro sobre pedofilia do programa "CQC", exibido na última segunda-feira (19), é cópia de um programa de enorme sucesso dos Estados Unidos, como apontou Mauricio Stycer, do "Uol".. Na TV americana, o repórter Chris Hansen, da "NBC", realizou uma dezena de reportagens denominadas "To Catch a Predator", entre 2004 e 2007.

Hansen marcava encontros pela internet com supostos pedófilos e os encontrava, gravando todos os momentos do encontro. Em um dos casos, quando a polícia teve acesso às fitas, um homem se matou quando os agentes federais foram até sua casa para checar a denúncia de que ele teria marcado um encontro com um menino de 13 anos, que, na verdade, era o repórter disfarçado. A "NBC", inclusive, chegou a ser processada em US$ 105 milhões por causa deste caso.
No "CQC", uma atriz de 19 anos se passou por uma jovem adolescente de 14 anos chamada "Carolzinha". Ela marcou um encontro com um homem, supostamente um pedófilo. Ao chegar ao local combinado, o homem tinha cervejas e camisinhas na mão.

Em vez de "Carolzinha", que nunca existiu, o homem se encontrou com o repórter Ronald Rios, que se irritou com a situação. "Sai agora que você tá com sorte. Você nunca mais faz uma merda dessas", disse Ronald para o potencial abusador, que pediu desculpas e reconheceu o erro.

Nos Estados Unidos, as investigações de "To Catch A Predator" levantou dezenas de dúvidas éticas sobre o papel de um jornalista em casos de polícia e resultou em muitas prisões e condenações. No Brasil, o "CQC" avisou que o quadro deve servir de aviso e alerta para os perigos na internet.

Tanto no programa americano quanto no brasileiro o público foi avisado de que se tratava de uma armação.

Ônibus cai de ponte, pega fogo e mata três em Itaituba

Ônibus cai de ponte, pega fogo e mata três em Itaituba

Acidente aconteceu no quilômetro 32 da Rodovia Transamazônica


Um ônibus da empresa Quaresma Turismo, que havia saído de Santarém, oeste paraense, com destino a Itaituba, sudoeste do Estado, caiu de uma ponte e pegou fogo por volta das 3h30 da madrugada desta quinta-feira (23), no quilômetro 32 da Rodovia Transamazônica. De acordo com informações do 7º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Itautuba, três mortes foram confirmadas até agora e o número de feridos já chega a 20.
Imagem do ônibus pegando fogo no momento do acidente
Equipes do Corpo de Bombeiros permanecem no local do acidente desde a madrugada de hoje para resgatar as vítimas. Os feridos estão sendo levados para o Hospital Municipal de Itaituba. Muitos tiveram lesões e várias escoriações pelo corpo.
Foto de um dos feridos no acidente
Ainda de acordo com os bombeiros, a lista do número de mortos deve aumentar, pois o ônibus estaria com todos os lugares ocupados. A lista com o número exato de mortos deve ser divulgada ainda na manhã de hoje, quando as vítimas forem identificadas. O Corpo de Bombeiros ainda não sabe dizer qual foi a causa do acidente. Redação Portal ORM

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

STF anula prisão de condenado por morte de Dorothy

STF anula prisão de condenado por morte de Dorothy


STF anula prisão de condenado por morte de Dorothy (Foto: Cezar Magalhães)
Regivaldo foi condenado pelo Tribunal do Júri de Belém a 30 anos de reclusão pelo homicídio que vitimou Dorothy Stang (Foto: Cezar Magalhães)

O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu liminar no Habeas Corpus (HC) 114214, nesta terça-feira (21), determinando a expedição de alvará de soltura para Regivaldo Pereira Galvão, condenado pelo Tribunal do Júri de Belém a 30 anos de reclusão pelo homicídio que vitimou a missionária Dorothy Mae Stang. O ministro citou fundamentos da Corte no sentido de que a prisão preventiva deve se basear em razões objetivas e concretas, capazes de corresponder às hipóteses que a autorizem.

Na decisão, o ministro afirma que, na sentença, “o juízo inviabilizou o recurso em liberdade com base no fato de o Tribunal do Júri haver concluído pela culpa”, determinando a expedição do mandado de prisão. “Deu, a toda evidência, o paciente como culpado, muito embora não houvesse ocorrido a preclusão do veredicto dos jurados”, afirmou.

O alvará de soltura deve ser cumprido “com as cautelas próprias”, caso Regivaldo não esteja preso por outro motivo.

RELEMBRE O CASO

Dorothy Mae Stang, de 73 anos, missionária norte-americana naturalizada brasileira, foi morta com seis tiros por Rayfran das Neves Sales, o “Fogoió”, no dia 12 de fevereiro de 2005, em Anapu, no centro do Pará.

Rayfran está preso na Região Metropolitana de Belém, em regime semi-aberto desde 2010. Clodoaldo Batista foi co-autor do crime e, condenado a 17 anos de prisão, está foragido desde 2011 quando conseguiu regime aberto. Além de Regivaldo, Vitalmiro Bastos de Moura, o "Bida", também foi acusado de ser um dos mandantes do crime e condenado a 30 anos de reclusão. Ele conseguiu ir para o regime semi-aberto em outubro de 2011 e está preso na região Metropolitana de Belém. Amair da Cunha foi o intermediário do crime, condenado a 18 anos, cumpre prisão domiciliar também em Belém.

A missionária contrariava interesses de grandes fazendeiros ao defender uma vida digna, com geração de emprego, renda e preservação da floresta, em terras da União Federal, para famílias de agricultores envolvidas em um projeto de desenvolvimento sustentado conhecido por PDS.