segunda-feira, 21 de março de 2011

BELÉM/PA: 'Palitão' é executado com tiro na boca

21.03.2011

'Palitão' é executado com tiro na boca

Um crime sem testemunhas e em local deserto chamou a atenção de quem ousava desafiar o perigo em uma estrada de terra batida, dentro de uma área cheia de mato, que separa os bairros do Bengui e da Pratinha em Belém.
 
A vítima foi encontrada de bruços e com um tiro na boca. Chovia bastante no final da tarde do último sábado quando policiais militares da 22ª Zona de Policiamento foram informados, pelo rádio do Ciop, para verificar uma situação de homicídio no local acima mecionado.

Mesmo com as dificuldades de se chegar, devido ao terreno alagado, o cabo Leonel e o soldado Diego, da 22ª Zpol, conseguiram driblar os atoleiros da estrada e tiveram a certeza de que um homem, até então de identidade desconhecida, estava morto e, pelo aspecto, teria sido vítima de execução.

Ele foi identificado como Paulo Robson Silva do Nascimento, de 21 anos, o “Palitão”, um velho conhecido da Polícia Militar pela prática de roubos na área do Bengui e da Pratinha. Ele era viciado em drogas, segundo os policiais.

A notícia correu na área e o corpo acabou sendo reconhecido por um familiar, que informou à delegada Silvia Mara da Divisão de Homicídios que “Palitão” esteve em sua casa, onde almoçou e, logo em seguida, pediu dinheiro para uma passagem de ônibus, pois ia visitar o pai no bairro do Jurunas.

Uma pessoa também informou à polícia que a vítima fora vista, uma hora antes de ser achada morta, bebericando e consumindo drogas com várias pessoas na invasão “Duas Irmãs”, distante cem metros do local onde o corpo foi encontrado.

O familiar também citou o caso de um empréstimo de um celular, por parte de “Palitão”, que nunca foi devolvido e que certamente deve ter sido trocado por drogas. Questionado pelo aparelho antes de sair para “se encontrar com a morte”, a vítima disse, segundo a testemunha: “Vou te arrumar outro celular, não esquenta”.

“Palitão” foi preso no ano passado, na Ilha de Cotijuba, por tráfico de drogas, tendo cumprido pena no Centro de Detenção de Icoaraci, de onde saiu com alvará no dia 7 de fevereiro passado, e desde então não tinha paradeiro certo.

Uma irmã da vítima chegou quando os peritos do Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves” faziam o levantamento de local de crime em conjunto com a Divisão de Homicídios.

Eles informaram que, pela característica do disparo, o assassino encostou a arma na boca de “Palitão” e disparou um único tiro que atravessou a cabeça, deixando exposta a massa encefálica.

INVESTIGAÇÃO

O caso deve ser investigado pela Delegacia do Bengui, mas, diante das circunstâncias do crime, pode entrar para a lista dos homicídios onde a droga produziu uma das frases mais utilizadas nos noticiários policiais: o famoso “acerto de contas” (Diário do Pará)

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