20.04.2011
Caso Alepa: servidora ainda pode ser ouvida hoje
O Geproc (Grupo Especial de Prevenção e Repressão às Organizações Criminosas), do Ministério Público Estadual, espera ouvir ainda nesta quarta-feira (20), a servidora Euzilene Lima Araújo, envolvida em fraudes no setor de departamento pessoal da Alepa (Assembléia Legislativa do Pará). Na manhã de ontem (19), o Geproc e a Polícia Civil cumpriram quatro mandados de prisão provisória contra servidores do órgão e 12 mandados de busca e apreensão, incluindo na residência dos ex-deputados Domingos Juvenil e Robson Nascimento, o 'Robgol'.
De acordo com o promotor Milton Menezes, do Geproc, Euzilene Lima Araújo se negou a prestar depoimento ontem e disse que só ia falar em juízo, o que ainda pode acontecer hoje.
Também ontem, o advogado da servidora Mônica Alexandra da Costa Pinto, única exonerada do cargo por fraudes na folha de pagamento salarial, entrou com processo de habeas corpus na justiça e informou que a cliente ainda não tem data para depor.
Operação - Desde as primeiras horas da manhã de terça-feira (19), 12 promotores e um delegado da Polícia Civil iniciaram a ação para apreender documentos na casa de ex-deputados, acusados de envolvimento da fraude, na Alepa e para cumprir os mandados de prisão provisória contra quatro servidores. A prisão provisória é válida por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco.
Três servidores foram presos durante a operação. São eles: Jorge Moisés Caddah, Semmel Charone Palmeira e Daura Irene Xavier Hage. Eles foram levados para a sede do Ministério Público Estadual, onde prestam depoimento ao delegado Rogério Moraes, que preside o inquérito, pela DIOE (Divisão de Operações Especiais da Polícia Civil).
A quarta servidora, Euzilene Maria Lima Araújo, não foi encontrada pela manhã mas foi conduzida por seu advogado, às 16h, para prestar depoimento. Segundo o promotor Milton Menezes, Euzilene se negou a falar e disse que só depõe em juízo. Ela aguarda ser encaminhada ao Batalhão do Corpo de Bombeiros, onde ficará presa junto com os outros três servidores.
Entre o material apreendido também foram encontrados na casa de Daura Irene Xavier Hage R$ 23 mil em espécie, cerca de R$ 10 mil em vale alimentação da Assembleia Legislativa, além de muitos contra-cheques de terceiros. 'Em geral apreendemos muitos documentos que tratam sobre funcionários e estagiários da Alepa, além de contra-cheques que não são de pessoas que moram com os funcionários, o que pode caracterizar a contratação de funcionários 'fantasmas'. Em algumas residências encontramos 50, até 100 contra-cheques. Vamos investigar', contou o promotor.
Redação Portal ORM
Fotos: Ary Souza (O Liberal)
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