26.05.2011.
O depoimento da assessora do deputado Robgol, Euzilene Araújo, que deveria acontecer na manhã de hoje (26), no Ministério Público Estadual, foi cancelado. Por motivos ainda não divulgados, Euzilene não compareceu ao prédio do MPE. Ela deve ser notificada para depor novamente, em data a ser definida.Ainda na manhã desta quinta, promotores estiveram na casa de Josimar Rodrigues, ex-cunhado de Daura Hage, e também na casa da irmã de Daura. Os promotores apreenderam nas duas buscas, vários materiais e documentos, que devem ser analisados pelo MP.
"Os documentos achados são provas de pessoas que fazem parte da folha, mas que não trabalham no local", disse o promotor Arnaldo Azevedo.
INVESTIGAÇÕES
As investigações do MPE começaram no final de fevereiro, e já resultaram na prisão de quatro ex-funcionários da Assembleia Legislativa do Pará, mas a principal personagem do caso até agora é a ex-diretora da Divisão de Pessoal da Alepa, Mônica Pinto. Alvo de investigação do MPE, Mônica solicitou o benefício da delação premiada, e nos 29 e 30 de março depôs ao MPE entregando vários nomes e documentos que comprovaram o esquema de fraudes.
Robgol estava entre os principais nomes citados nos depoimentos de Mônica e também passou a ser um alvo do MPE. Mônica também citou Domingos Juvenil, ex-deputado e ex-presidente da Alepa, que seria um dos cabeças do esquema durante a sua gestão. As fraudes teriam começado ainda na gestão de Mário Couto, presidente da Alepa antes de Juvenil, que também teve o apartamento ivestigado, mas nada foi encontrado, já que ele não reside mais em Belém.
As investigações no prédio da Alepa levaram à prisão de quatro funcionários no dia 19 de abril, além da apreensão de computadores e documentos do órgão. Ficaram constatadas a prática de quatro tipos de fraudes: inclusão de vantagens indevidas nos contracheques, sonegação de imposto de renda e contribuição previdenciária, contratação de funcionários fantasmas e utilização de “laranjas” na folha de pagamento.
De acordo com as investigações do MPE, pelo menos 14 pessoas foram contratadas sem saber que eram funcionárias da Alepa. Seus nomes e documentos eram usados pelos fraudadores sem o seu consentimento.
(DOL)
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