28.05.2011.
(Foto: Adauto Rodrigues)
Público abaixo da expectativa e manifestações isoladas marcaram a chamada “Marcha contra a Corrupção”, da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará, que ocorreu na manhã deste sábado, no centro de Belém.
A caminhada, que durou uma hora, contou com menos participantes que o esperado. Segundo a Polícia Militar, tinha aproximadamente 15 mil pessoas, bem abaixo dos 50 mil da expectativa da organização.
Mesmo assim, várias pessoas comentaram que a participação foi de cerca de 4 mil manifestantes. Além disso, somente pouco mais de mil assinaturas foram recolhidas para o abaixo-assinado que a Ordem que levantar e levar ao Ministério Público e prevê 100 mil assinantes.
Entre os participantes, o presidente da OAB nacional, Ophir Cavalcante e o bispo do Marajó, Dom Luis Azcona. “Não e mais possível que pessoas que trabalhem de sol a sol e paguem seus impostos, sejam penalizados por quem se apossa do dinheiro público”, declarou Ophir. Sobre a crítica de vários advogados ao movimento, que ocasionou uma reunião tensa na última quinta-feira. Ophr disse que a “OAB é maior que advogados, e que tem compromisso com a sociedade”, justificou .
APOIO ERRADO
Balões e faixas foram amarrados em frente à Assembleia Legislativa, mas o prédio permanecia fechado.
Bonecos e fantasmas foram as fantasias de algumas pessoas. Estudantes, artistas e até garimpeiros davam o panorama da quantidade de protestos que pulverizaram a manifestação.
Não faltaram também movimentos contrários. Edgar Chaves, da ONG Transparência Pará, disse que o movimento era legítimo, mas organizado com apoio errado. “A OAB só está levando em conta a questão partidária. E para isso tem o apoio de uma empresa de comunicação comandada por empresários processados por corrupção na Sudam. É muito contraditório”, avalia. Concursados ainda não nomeados criticavam o Governo do Estado e houve quem reclamasse da administração da ex-governadora Ana Júlia e do secretário de governo da época e deputado federal Cláudio Puty. Sobrou até para o presidente da OAB, Jarbas Vasconcelos.
Varios manifestantes levaram faixas protestando, como “Rômulo é campeão de corrupção - Cadê o dinheiro da Sudam?” e “OAB não tem moral para protestar contra corrupção”. E eram muitos os alvos escolhidos do protesto: desde a Assembleia Legislativa, até prefeituras como de Barcarena, na fala de um deputado federal que discursou em um trio elétrico. Sem contar faixas contrárias a políticos como Edmilson Rodrigues e Duciomar Costa. (Diário do Pará)
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