População revoltada denuncia Transportadora Bertolini
Assentaram uma placa proibindo as pessoas de trafegar no local
Balsa e pedras colocadas pela empresa, impedem passagem pela praia
Os comunitários revelaram que irão entrar com uma Ação Civil Pública no Ministério Público Estadual (MPE) denunciando a empresa Bertolini. A Associação de Moradores e o Centro Comunitário do bairro da Prainha cobram ações imediatas por parte da Capitania dos Portos, em Santarém e do Ministério Público Estadual para coibir o bloqueio da área feito pela empresa Bertolini.
Para o coordenador do Centro Comunitário da Prainha, Ailton César, a insatisfação começou após a empresa ter proibido a passagem de pessoas por uma área que dá acesso à praia, onde o local pertence à Marinha do Brasil. Ele garante que o Centro Comunitário vem acompanhando a situação desde o ano de 2001 e, apontou que o problema sempre teve a possibilidade de acontecer.
“O problema é antigo. Quando fui presidente do Centro Comunitário pela primeira vez, de 2001 até 2005, a instalação de portos já era um problema, porque havia a possibilidade de empresas se instalarem no local e fechar o acesso à comunidade”, observou.
Para ele, os moradores não devem ficar quietos em relação ao problema, mas precisam procurar os direitos junto aos órgãos competentes, principalmente porque a praia pertence à União e não a empresas privadas.
“Se os moradores continuarem quietos, em pouco tempo essas empresas vão tomar várias praias, onde elas fazem suas instalações e fecham o acesso às pessoas. O que não pode acontecer. A força da comunidade pode reverter essa situação”, advertiu.
OUTRA DENÚNCIA – Depois de receber uma denúncia de moradores do bairro da Matinha sobre a intervenção da Alameda Alecrim, com um portão instalado pela empresa Transportes Bertolini, a Juíza da 8ª Vara Civil da Comarca de Santarém, Dra. Betânia de Figueiredo Pessoa, proferiu Ação Cautelar em favor dos comunitários no início deste mês.
A decisão da Magistrada aconteceu após analisar o processo emitido pelos moradores de que depois de comprar um terreno às margens da Alameda Alecrim, a empresa do Grupo Bertolini, Ibepar Participações, bloqueou a via com um portão de madeira, não permitindo que os comunitários pudessem se deslocar até a rodovia Santarém-Cuiabá.
Por: Manoel Cardoso
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