01.06.2011.
A 23 dias do festival folclórico, pendências apontadas pela Capitania impedem funcionamento da obrajonas santos
Reunião em Parintins tratou dos procedimentos para a regulamentação do terminal hidroviário
Por causa de novos erros de engenharia, a Marinha Brasileira ainda não abriu o porto de Parintins para entrar em funcionamento.
A reforma do prédio, realizada pelo Exército Brasileiro, ficou pronta há mais de 45 dias, mas o novo cais flutuante não recebeu uma embarcação sequer.
O motivo, de acordo a Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental, em Manaus, está relacionado há algumas pendências que faltam ser cumpridas pelas autoridades portuárias.
O porto, inaugurado em 2006, foi inundado pela enchente do rio Amazonas e nunca chegou a funcionar. Esse novo impasse ocorre a 23 dias da realização do Festival Folclórico de Parintins.
“Essas pendências” a assessoria de imprensa da Marinha não soube precisar. Há mais de três dias que a reportagem de A CRÍTICA tenta obter uma resposta mais detalhada do problema, mas não obteve retorno.
Reunião
Nesta terça-feira (31), o superintendente das Hidrovias da Amazônia Ocidental (Ahimoc), Sabá Reis, reuniu no final da tarde, o comandante do 9º Distrito Naval, almirante Antônio Carlos Frade e o comandante da Capitania dos Portos, Odilon Andrade Neto, para tratar dos procedimentos para a regulamentação do terminal hidroviário de Parintins.
“Iremos, na segunda-feira, a Parintins para um última inspeção no porto. Mas asseguro que o porto estará funcionamento durante o festival”, disse Reis, que representou no encontro o Ministério dos Transportes.
Participaram também da reunião o coordenador da Comissão de Transição do Porto, comandante Wilson Cruz, o major do Exército, engenheiro Adenildo Marinho, o engenheiro Fábio Porto, além da engenheira das Hidrovias, Alessandra Lopes.
A data de operação do porto será conhecida nesta visita da Marinha, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e ainda do Exército.
“A Marinha está empenhada em colaborar para o avanço da regulamentação e funcionamento dos portos. O ministro Alfredo Nascimento que ver o porto de Parintins funcionando”, disse o ex-deputado.
O porto ainda estaria passando pelos “últimos retoques”, visando atender com qualidade e segurança a demanda de embarcações e turistas durante o festival folclórico que começa em junho.
Políticos cobram ação
O deputado Estadual Tony Medeiros, principal representante do município na Assembleia Legislativa do Estado, disse que o povo de Parintins está impaciente em relação ao impasse para a operação do porto.
“O povo exige que digam o que está acontecendo. Não podemos mais esperar. Os prejuízos com o fechamento do porto ocorre em todos os setores da economia de Parintins”, acentuou.
Na sessão da Câmara Municipal na tarde desta terça (31), o vereador Juliano Petro Velho protestou: “Não vamos no calar diante deste problema. Queremos uma resposta imediata. O povo de Parintins sofre há cinco anos sem porto e não há um paradeiro certo para os barcos ancorarem. Isso é uma vergonha”, afirmou o parlamentar.
Reforma custou R$ 16 milhões
O porto de Parintins foi financiado pelo Ministério dos Transportes e custou R$ 16 milhões.
Com a reforma, o Governo Federal tirou dos cofres mais R$ 3 milhões. Uma fonte informou que a Marinha abrirá uma restrição para que o porto de Parintins seja aberto somente na semana do festival e depois será fechado novamente. Este ano o Festival Folclórico de Parintins acontece nos dias 24, 25 e 26 de junho.
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