29.08.2011.
Caixões arrumados lado a lado despertavam sentimento de medo e revolta (Foto: Alex Ribeiro)
Cinco homens encapuzados invadem uma casa, arrombam a porta dos fundos, matam seis pessoas dentro da sala e deixam para trás, como testemunha do crime, uma criança de 10 anos, que dentro do quarto ouviu todos os tiros e gritos daqueles que foram executados.
“Me mandaram ir pro quarto, junto com meu irmão de um ano. Lá, só ouvi muitos tiros, os berros e choro.
Quando saí, tava todo mundo morto, cheio de sangue”. O menino contou ainda que um dos assassinos abriu a porta do quarto e disse para eles não saírem de onde estavam. “Eu tava com muito medo, mas quando ninguém ouviu as vozes deles (assassinos), a gente saiu e viu tudo”. Ele disse também que os homens não identificados estavam com vestimentas caracterizadas da Rotam. “Não dava pra ver o rosto, só a roupa que eles tavam (sic), que era da Rotam”.
Para a criança, que estava bastante assustada, restou o sofrimento do episódio aterrorizante vivido pela sua família. “Agora tô sentindo só dor”.
A VÍTIMA INTERNADA
A sétima vítima, Nildene Cristina Barros, 18 anos, está internada no Hospital Metropolitano em estado grave.
Na mesma sala em que ocorreu a chacina, há a foto de Aurilêi, morto há seis meses com sete tiros. Aurilêi tinha 21 anos e também era um dos filhos de Raimunda Moraes, mãe de outros três mortos no crime que ocorreu na madrugada de sábado (27), em Santa Izabel.
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