Mulher é condenada a indenizar ex por traição
Segunda-Feira, 28/05/2012.
Uma mulher de Nanuque, no Vale do Mucuri, em Minas Gerais, foi condenada a indenizar o ex-companheiro porque, além de traí-lo, fez piadas sobre o desempenho sexual do homem para os colegas da empresa onde ambos trabalham. A servente industrial terá que pagar R$ 8 mil por danos morais por expor o homem a "situações vexatórias".
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas
Gerais (TJMG), o casal se conheceu no trabalho e viveu junto por dez
anos, mas a mulher começou a trair publicamente o companheiro com um
instrutor de autoescola. A traição levou o casal a se separar, mas, de
acordo com a ação, a mulher ainda passou a fazer "comentários negativos e
depreciativos" sobre o ex-companheiro, dizendo para os cerca de 60 a 70
pessoas do setor onde trabalham que ele tinha "pênis mole", "não dava
mais nada na cama" e "deitava e dormia".
A "humilhação" foi confirmada por pelo
menos duas testemunhas ouvidas pela juíza Patrícia Bitencourt Moreira,
da 2ª Vara de Nanuque, que condenou a mulher a pagar R$ 5 mil ao ex por
entender que o homem foi "lesado em sua honra" pela traição pública e
pelos comentários "absolutamente depreciativos" que "naturalmente
causaram inegável dor e constrangimento" ao autor da ação.
O homem recorreu ao TJMG pedindo o
aumento da indenização, enquanto a mulher solicitou ao Judiciário que
anulasse a sentença de primeira instância alegando que, apesar de ter
traído o companheiro, causou apenas "meros dissabores" pelo
"relacionamento fracassado".
Para o desembargador Gutemberg da Mota e
Silva, da 10ª Câmara Cível do TJMG, porém, a própria traição é um
"escárnio" e "vilipêndio ao companheiro", além de uma "ofensa às
instituições e até mesmo ao dogma religioso" e caracteriza uma "ofensa",
agravada pelos comentários que causaram "angústia, decepção, sofrimento
e constrangimento" ao rapaz. Os desembargadores Veiga de Oliveira e
Mariângela Meyer concordaram com o relator e aumentaram o valor da
indenização. A advogada da mulher, Suzi Patrice Aguilar, não foi
encontrada no seu escritório em Nanuque para falar sobre o caso.
(Agência Estado)
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