Servidores municipais da saúde de Belém vão paralisar
Trabalhadores reivindicam recuperação de perdas salariais, melhor remuneração e PCCR
Melhoria das condições de trabalho nas unidades de saúde,
recuperação de perdas salariais, melhor remuneração, implantação do
Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PPCR). Estas são algumas das
reivindicações dos profissionais que atuam na rede municipal de saúde,
que deverão cruzar os braços a partir da próxima quinta-feira, 2 de
agosto. A greve unificada foi anunciada no último dia 19, após
assembleia geral dos profissionais ligados à Secretaria Municipal de
Saúde (Sesma), representados por doze sindicatos. Segundo os servidores,
a greve foi o último recurso depois de várias tentativas de negociação
com a gestão municipal. O objetivo dos trabalhadores é mobilizar a maior
parte dos profissionais que atuam na Sesma, - cerca de 7 mil, ao todo -
para chamar a atenção para as demandas das categorias.
Os médicos da rede municipal já estavam em greve desde junho. Agora, a
partir da semana que vem, também devem parar os enfermeiros,
nutricionistas, psicólogos, dentistas, farmacêuticos, assistentes
sociais, fisioterapeuatas, terapeutas ocupacionais e técnicos em
radiologia. Os sindicatos aos quais os profissionais são ligados
elaboraram uma pauta única contendo as oito principais reivindicações em
comum, que envolvem, principalmente, melhores condições de trabalho nas
unidades de saúde e hospitais do município e questões salariais - como a
incorporação de abonos ao vencimento-base dos profissionais, pagamento
de vale-alimentação a todos os profissionais da secretaria, recuperação
de perdas históricas e a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e
Remuneração (PCCR) na saúde.
'A paralisação foi decidida por unanimidade, porque a situação já chegou
ao limite. Os servidores já não aguentam mais trabalhar sob as
condições atuais, tanto em relação à infraestrutura quando à questão
salarial'. O desabafo é de Antônio Oliveira, um dos coordenadores do
Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Estado do Pará (Sindsaúde),
envolvido na mobilização. Ele afirma que as unidades de saúde de Belém
carecem de estrutura para atendimento.
'Antes de decidir pela greve,
fizemos várias visitas às unidades de saúde e constatamos que as
condições estão cada vez mais precárias, em alguma delas, não se tem o
mínimo para trabalhar. Na semana passada, o DEVS [Departamento de
Vigilância à Saúde], na Angustura, teve a água cortada por falta de
pagamento, e a situação durou mais de quatro dias para ser resolvida. No
Pronto-Socorro da 14, atualmente, só tem dois banheiros funcionando em
todo o hospital, porque os outros estão interditatos. Esses são apenas
alguns exemplos do que o profissional da saúde e o paciente têm que
passar na saúde de Belém, e é por isso que resolvemos paralisar',
explica o coordenador
do sindicato. Fonte: Jornal Amazônia
do sindicato. Fonte: Jornal Amazônia
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