Barbeiro morre na porta de casa; ele e a mulher eram agiotas
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O
barbeiro João Alves do Nascimento, de 58 anos, foi assassinado com um
tiro na cabeça na porta da casa dele quando chegava do serviço, por
volta das 22h de anteontem. O crime ocorreu na passagem Santa Luzia, no
Loteamento Nova Esperança, bairro do 40 Horas, em Ananindeua. Os
assassinos ainda não foram identificados. Moradores da área só sabem
dizer que dois homens estavam em uma motocicleta e um deles desceu do
veículo e fez um disparo que acertou a cabeça da vítima.
A
vítima chegava em à residência dela após passar o dia cortando cabelo,
no bairro do Paar. No momento em que João batia na porta da casa para
entrar foi surpreendido por um homem que fez um disparo e, em seguida,
fugiu. Testemunhas informaram à polícia que os assassinos já vinham
seguindo o homem.
A
viatura em que estava o cabo Vilhena, da 18ª Área Integrada de Segurança
Pública (Aisp), foi acionada pelo Centro Integrado de Operações (Ciop) e
no local do crime colheu poucas informações sobre os assassinos do
barbeiro. "Os vizinhos disseram que os assassinos seguiram a vítima por
um longo trajeto, mas eles só cometeram o crime já aqui na frente da
casa onde morava com a família", contou o cabo.
Várias
pessoas estavam indignadas com a tragédia. Elas disseram que o barbeiro
era trabalhador e aparentemente não tinha inimizades. Conforme a
apuração do cabo, uma das vizinhas de João disse que ele não devia nada a
ninguém, mas várias pessoas deviam para ele e para a esposa. O casal,
segundo informaram à polícia, trabalhava com agiotagem.
"A
polícia civil vai investigar melhor, mas pode ser que alguém que devia
para ele não quis pagar e o matou", disse o cabo Rui Vilhena. Ninguém da
família da vítima quis prestar declaração.
Abandono - Um grupo de vizinhos de João reclamou da insegurança, do abandono e da falta de iluminação na área. Uma moradora, que preferiu não se identificar, disse que por causa da escuridão os assaltantes se aproveitam e fazem vários assaltos. "Nós que somos moradores desse loteamento estamos abandonados, não temos lâmpada nos postes e convivemos com a falta de iluminação e com a insegurança", disse a mulher.
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