STF anula prisão de condenado por morte de Dorothy
Regivaldo
foi condenado pelo Tribunal do Júri de Belém a 30 anos de reclusão pelo
homicídio que vitimou Dorothy Stang (Foto: Cezar Magalhães)
O ministro
Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu liminar no
Habeas Corpus (HC) 114214, nesta terça-feira (21), determinando a
expedição de alvará de soltura para Regivaldo Pereira Galvão, condenado
pelo Tribunal do Júri de Belém a 30 anos de reclusão pelo homicídio que
vitimou a missionária Dorothy Mae Stang. O ministro citou fundamentos da
Corte no sentido de que a prisão preventiva deve se basear em razões
objetivas e concretas, capazes de corresponder às hipóteses que a
autorizem.
Na decisão, o ministro afirma que, na sentença, “o juízo inviabilizou o recurso em liberdade com base no fato de o Tribunal do Júri haver concluído pela culpa”, determinando a expedição do mandado de prisão. “Deu, a toda evidência, o paciente como culpado, muito embora não houvesse ocorrido a preclusão do veredicto dos jurados”, afirmou.
O alvará de soltura deve ser cumprido “com as cautelas próprias”, caso Regivaldo não esteja preso por outro motivo.
Na decisão, o ministro afirma que, na sentença, “o juízo inviabilizou o recurso em liberdade com base no fato de o Tribunal do Júri haver concluído pela culpa”, determinando a expedição do mandado de prisão. “Deu, a toda evidência, o paciente como culpado, muito embora não houvesse ocorrido a preclusão do veredicto dos jurados”, afirmou.
O alvará de soltura deve ser cumprido “com as cautelas próprias”, caso Regivaldo não esteja preso por outro motivo.
RELEMBRE O CASO
Dorothy Mae Stang, de 73 anos, missionária
norte-americana naturalizada brasileira, foi morta com seis tiros por
Rayfran das Neves Sales, o “Fogoió”, no dia 12 de fevereiro de 2005, em
Anapu, no centro do Pará.
Rayfran está preso na Região
Metropolitana de Belém, em regime semi-aberto desde 2010. Clodoaldo
Batista foi co-autor do crime e, condenado a 17 anos de prisão, está
foragido desde 2011 quando conseguiu regime aberto. Além de Regivaldo,
Vitalmiro Bastos de Moura, o "Bida", também foi acusado de ser um dos
mandantes do crime e condenado a 30 anos de reclusão. Ele conseguiu ir
para o regime semi-aberto em outubro de 2011 e está preso na região
Metropolitana de Belém. Amair da Cunha foi o intermediário do crime,
condenado a 18 anos, cumpre prisão domiciliar também em Belém.
A missionária contrariava interesses de
grandes fazendeiros ao defender uma vida digna, com geração de emprego,
renda e preservação da floresta, em terras da União Federal, para
famílias de agricultores envolvidas em um projeto de desenvolvimento
sustentado conhecido por PDS.
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