Professores podem entrar em greve em Santarém

Sem avanço nas negociações com a Prefeitura de Santarém, professores da rede municipal podem cruzar os braços a partir desta segunda-feira, quando deveria iniciar o ano letivo.

Uma assembléia geral será realizada a partir das 8 horas, na sede do Sindicato dos Profissionais em Educação de Santarém (Sinprosan), no bairro do Aeroporto Velho, para deliberar sobre o indicativo de greve. Por esse motivo, a direção do sindicato está pedindo que os pais de alunos da rede municipal não enviem seus filhos para as escolas na segunda-feira.
De acordo com Iracildo Pereira, presidente do Sinprosan, na última rodada de negociações, os representantes do governo municipal foram categóricos em afirmar que não há possibilidade de concessão de reajuste nesse momento e nem de atualização da tabela que segundo o sindicato, está defasada em 12,3%.
De acordo com a diretoria fiscal do Sinprosan, quando é para pagar o salário dos professores que têm apenas o Magistério, a prefeitura aplica o valor do salário mínimo. Mas, quando se trata de pagar a gratificação dos professores que têm graduação, outro índice é aplicado - o IPC -, o que não é aceito pela categoria, porque está gerando uma distorção no percentual a que tem direito aqueles que investiram na qualificação profissional.
Pelo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da educação, a tabela de pagamentos prevê uma diferença de 60% entre o nível 1 (professor que tem apenas o magistério), e o nível 2 (professor graduado), e  do nível 2 para o nível 3 (professor pós-graduado) uma diferença de 20%. Mas, atualmente, a diferença entre o nível 1 e 2 que deveria ser de 60% está em pouco mais de 42%.
Se na assembléia desta segunda, for aprovada a paralisação das atividades, o ano letivo da rede municipal só terá início quando professores e governo entrarem em consenso. (Diário do Pará, com informações de Santarém)