Cesta básica do parense voltou a ter reajuste de preço, diz Dieese
Alta acumulada nos últimos 12 meses é de 11,47%
No mês de julho a alimentação básica dos paraenses voltou a ficar
mais cara. É o que informa o balanço nacional feito pelo Dieese
(Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos),
divulgado nesta segunda-feira (6). Em um ano o reajuste chega a
11,47%.
Nesse período ela custou R$ 259,89, com alta de 2,74% em relação ao mês
anterior, quando o custo era de R$ 252,97. Esse foi sendo o quinto mês
consecutivo de alta no preço da alimentação básica. Segundo o Dieese, em
julho, o maior destaque em aumento de preço ficou por conta do tomate,
com mais 23,81%; seguido da banana, com alta de 1,62%. Em contrapartida,
em julho os produtos que tiveram recuo de preço foram: açúcar, com
queda de 3,17%; Feijão, com 2,89% e a manteiga, com queda de 2,61%.
Segundo o Dieese, para o trabalhador paraense comprar 12 itens da cesta
básica no mês de julho, comprometeria 45% do atual salário mínimo (R$
622,00). O custo da cesta básica, para uma família paraense, composta de
dois adultos e duas crianças seria de R$ 779,67 sendo necessários,
cerca de 1,2 salários mínimos para garantir as mínimas necessidades
dessa família somente com alimentação.
O balanço efetuado nos últimos sete meses,(janeiro a julho) mostrou alta
acumulada de 6,62%, Os produtos que tiveram aumento de preço mais
expressivos foram: feijão, com alta de 70,90%; Óleo de cozinha, 17,16%;
Manteiga, 16,63%; Tomate, 11,31%; Farinha de Mandioca e arroz, ambos com
alta de preço acumulada de 10,27%. No mesmo período, os produtos que
apresentaram recuo nos preços foram o açúcar com queda de 6,46% e a
carne bovina, com 5,36%.
A trajetória de preço da alimentação básica dos paraenses nos últimos 12
meses (julho 2011 a julho 2012) mostra reajuste de 11,47%. Os produtos
que sofreram alta de preço no período foram: feijão, com alta de 124,7%;
Café, com 23,94%; Manteiga, com 22,98%; Farinha de mandioca, com
21,51%; do Óleo de cozinha, com 16,01% e o arroz, com alta de 15% e com
inflação estimada girando em torno de 5,4%.
Custo- Para um trabalhador
alimentar sua família suprindo todas as necessidades básicas, como
alimentação, educação, moradia, saúde, vestuário, higiene, transporte, e
lazer de acordo com a Constituição, o salário deste trabalhador deveria
ser de R$ 2.519,97. Valor quatro vezes maior que o atual salário mínimo
de R$ 622,00.
Redação Portal ORM
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