Muitos transtornos em apenas 2 horas de chuva

Muitos transtornos em apenas 2 horas de chuva

A avenida Tamandaré ficou praticamente submersa (Foto: Rogério Uchôa)

A forte chuva que caiu em Belém na tarde de ontem trouxe muitos transtornos. As rajadas de ventos e o grande volume de água derrubaram uma mangueira com cerca de 20 metros de altura, deixando os moradores de quatro quarteirões do bairro da Campina sem telefone e energia elétrica. Por conta dos congestionamentos em vários pontos de alagamentos, motoristas e pedestres precisaram ter paciência para transitar na área central.

Cerca de duas horas de chuva foram suficientes para deixar vários bairros alagados. Na travessa São Francisco, entre as ruas João Diogo e Avertano Rocha, próximo ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), no bairro da Campina, uma mangueira centenária, com cerca de 20 metros de comprimento, tombou. Durante quatro horas, a árvore ficou atravessada, interditando o tráfego de veículos. Os galhos arrancaram a fiação do poste, deixando os moradores sem energia elétrica e telefone. Ninguém saiu ferido.

“Foi tudo muito tenso e rápido. Por volta das 14h, estava em casa assistido televisão quando escutei um estrondo muito forte, quando vi a árvore já estava no chão”, conta a professora Flor de Maria Pinheiro.

Os galhos da árvore também atingiram o muro da área lateral do Quartel General do Exército. Segundo o 1º tenente Marcos Soares, a ação de corte do vegetal precisava ser rápida, pois o peso que ele exercia poderia comprometer a estrutura do muro. Por volta das 15h, uma equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) começou o trabalho de corte da mangueira para desobstrução da via.

ALAGAMENTOS

Os bueiros não suportaram o volume de água. Os canais transbordaram e o lixo acumulado nos esgotos emergia, deixando um rastro de muita sujeira nas vias. “A cidade está praticamente toda embaixo d’água. A gente não sabe para onde ir, pois todas as ruas estão alagadas”, diz a professora Eurenice Silva.

TRÂNSITO

Em vários trechos da cidade os alagamentos deixaram o trânsito lento, em alguns pontos, as vias ficaram intrafegáveis. Um dos trechos mais críticos foi registrado na avenida Tamandaré.

Ao mesmo tempo em que o lixo surgia do esgoto, a avenida alagada escondia o perigo. Foi o que ocorreu com o casal Lúcia e Naldo Lobato, que, ao tentar atravessar de moto pelo aguaceiro, por pouco não sofreu um acidente. “Fui subir na calçada para me livrar da água, mas o pneu dianteiro da moto entrou em um bueiro aberto. Por sorte a minha esposa pulou da moto, amenizando o peso”, conta Naldo,

Ao longo da avenida Conselheiro Furtado, em vários trechos, a marca d’água chegou a quase 50cm de altura. Motoristas tiveram que ter cautela e a população precisou de paciência. A todo o momento, a velocidade dos carros acabava levando muita água para dentro das casas.