Há três anos, Roberto Dinamite assumia a presidência do Vasco com a função de tirar o clube de um jejum de títulos que já durava cinco temporadas. Acabou fechando aquele ano de 2008 com o time na segunda divisão. Agora, o maior jogador da história do clube comemora o renascimento: 'Esse é o Vasco que eu conheço'.

'Isso é fruto de um trabalho, é uma conquista que vem de dentro do campo, com dedicação, suor, superação. Esse é o Vasco que eu conheço, esse é o Vasco que eu quero', destacou o presidente, que promete uma grande festa no sábado, quando o clube recebe o Figueirense, em São Januário, pela quarta rodada do Brasileirão. Antes do jogo, reapresentará Juninho Pernambucano à torcida.

Quem também tem motivos de sobra para comemorar é o técnico Ricardo Gomes, que assumiu o Vasco no começo de fevereiro, em meio à enorme crise. Foi eliminado invicto do Campeonato Carioca e agora leva o time à conquista de uma inédita Copa do Brasil. Já sonha em comandar a equipe na Copa Libertadores do ano que vem.

'Espero que seja a primeira de muitas. Mas olha que engraçado, né? Quando cheguei, estávamos falando de chance de cair no Carioca e agora estamos falando de Libertadores. A história do Vasco é muito maior que esse período que ficou sem ganhar', destacou o treinador.

O meia Felipe, que perdeu duas finais de Copa do Brasil, com Fluminense e Flamengo, também comemorou uma reviravolta. Levantou o título exatamente no clube que o formou. 'Passamos por momentos difíceis no começo do ano, mas o Ricardo chegou, nos deu confiança. Nós nos unimos nos momentos ruins e agora estamos unidos para comemorar', lembrou o jogador, que comentou as emoções do jogo decisivo. 'Com o Vasco é sempre sofrido. Realmente foi uma guerra, saímos na frente, vacilamos, mas o mais importante é comemorar esse título maravilhoso.'

PEDRA - Nem tudo foi festa para o Vasco no Couto Pereira. Enquanto a equipe comemorava o título no palco armado pela CBF no gramado do estádio em Curitiba, o goleiro Fernando Prass foi atingido na cabeça por um objeto atirado das arquibancadas. Ídolo da torcida alviverde, Prass foi duro: 'Tem que banir esse estádio do futebol. Atacaram pedra, pilha'.