sexta-feira, 29 de junho de 2012

DESPACHO DE INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

DESPACHO DE INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

Considerando que este Parquet tomou conhecimento, por meio do correio
eletrônico denuncia@prpa.mpf.gov.br, da existência de cursos de graduação
ofertados pelo Instituto Educacional Heitor de Lima Cunha, em diversos Municípios
do Estado do Pará e mais recentemente no Município de Itaituba;

Considerando que, após consulta à lista de instituições de ensino superior
credenciadas pelo Ministério da Educação no Estado do Pará, não foi encontrada a
referida instituição;
 
Considerando que, em pesquisa no site do MEC ( http:// emec.mec.gov.br ),
não foi encontrado nenhum registro da referida instituição, não sendo possível,
portanto, a oferta de cursos de graduação no Estado do Pará;

Considerando, que os relatos de irregularidades denunciados informam que
a Instituição encontra-se me pleno funcionamento e que o portal da IES informa
estar a mesma presente, atualmente, em Municípios do Estado do Pará, quai
sejam, Tucuruí, Novo Repartimento, Marabá, Eldorado do Carajás, São Domingos do
Araguaia e Bom Jesus do Tocantins, além de haver divulgação para início iminente
das aulas em diversos outros;

Considerando a necessidade de se obter mais informações acerca do caso;

Considerando que o Ministério Público, nos termos dos artigos 127, caput e
129, inciso II da Constituição Federal de 1988 e dos artigos 1º e 2º da Lei
Complementar nº 75 de 1993, é instituição permanente, essencial à função
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, zelando pelo
efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos
direitos assegurados constitucionalmente, promovendo as medidas e providências
adequadas e necessárias para tanto;

Considerando que a educação é direito de todos e dever do Estado e da
91 3299 0100 - www.prpa.mpf.gov.br

Rua Domingos Marreiros, 690, Umarizal - CEP 66055-210 - Belém/PA
família, devendo ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho (art. 205, CF);

DETERMINO a instauração de Procedimento Administrativo, vinculado à
Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão.

Antes, porém, expeça-se ofício ao Instituto Educacional Heitor de Lima
Cunha- IEHELC (Rua 08, nº 54- S. Dom Orione, Araguaína-Tocantins) para que, no
prazo de 10 (dez) dias, informe a atual situação de credenciamento dessa
instituição e autorização dos cursos perante o Ministério da Educação – MEC,
encaminhando cópias de eventuais documentos comprobatórios. Ademais, caso não
haja qualquer credenciamento junto ao MEC, recomenda-se desde já ao IEHELC a
suspensão de todos os cursos e aulas ofertados em qualquer município do Estado do
Pará.

Dar ciência, por e-mail, da instauração deste Procedimento Administrativo
aos representantes.

Belém, 29 de março de 2012.

ALAN ROGÉRIO MANSUR SILVA

Procurador da República

Procurador Regional dos Direitos do Cidadão

91 3299 0100 - www.prpa.mpf.gov.br

Rua Domingos Marreiros, 690, Umarizal - CEP 66055-210 – Belém/PA 2

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Supermercado indenizará empregado que sofreu dois acidentes graves em 60 dias

27-06-2012 08:00

Supermercado indenizará empregado que sofreu dois acidentes graves em 60 dias





Um auxiliar de armazém do Atacadão Distribuição Comércio e Indústria Ltda., de Cuiabá (MT), será indenizado por danos moais e materiais por ter sofrido dois acidentes de trabalho num intervalo de 60 dias.

Para a Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, a ocorrência de dois acidentes sucessivos, decorrentes da execução de tarefas rotineiras, demonstra a negligência da empresa com a segurança dos trabalhadores.


O auxiliar afirmou, na petição inicial, que sofreu o primeiro acidente, que lhe causou lesão na coluna vertebral, ao cair de uma prateleira a três metros de altura, em cima de um estrado de caixas de biscoitos.

Dois meses depois, ao subir numa prateleira para apanhar uma caixa de sabonetes,  uma delas caiu diretamente sobre seu rosto, causando descolamento da retina do olho esquerdo, perdendo 90% da cisão.

Na ação trabalhista ajuizada, pediu reparação por danos materiais e morais por ambos os acidentes.


A sentença da 8ª Vara do Trabalho de Cuiabá (MT) condenou a empresa somente em danos morais, em indenização de R$ 50 mil, pelo acidente que causou perda de visão do olho esquerdo. O Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (MT), provocado por meio de recursos ordinários interpostos de por ambas as partes, ratificou a sentença. Inconformado, o trabalhador recorreu ao TST renovando os pedidos de danos moral e material.


Para o relator dos autos, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, ficou clara a negligência do Atacadão quanto ao descumprimento e fiscalização das normas de segurança do trabalho em suas instalações. A empresa deixou de implantar as ações de prevenção de riscos ambientais e não demonstrou que fornecia equipamento de proteção aos empregados nem fornecia empilhadeiras e escadas em quantidade suficiente para atender a demanda.


A Turma fixou em R$25 mil a indenização por danos morais relativos ao acidente que causou a fratura da coluna lombar do empregado, que já havia garantido em primeira instância o valor de R$50 mil pela perda
de quase 90% da visão do olho esquerdo.


(Cristina Gimenes/CF)


Processo: RR-55300-10.2010.5.23.0008


Fonte: TST


Definidos preços de ingressos para Remo x Penarol

Definidos preços de ingressos para Remo x Penarol

Quarta-Feira, 27/06/2012
O torcedor do Clube do Remo já sabe quanto vai custar para tentar ajudar o Leão a se reabilitar no Campeonato Brasileiro da Série D, no duelo de domingo (1), contra o Penarol (AM), às 16 horas, no Baenão.

A diretoria azulina definiu os valores.  Torcedor que quiser assistir das arquibancadas terá que pagar R$15,00. Cadeiras irão custar R$50,00.

O Leão colocou a carga de 12 mil ingressos à disposição da galera azulina. As vendas começam nesta sexta-feira (29) , na sede social do clube e nas bilheterias do Evandro Almeida.

(DOL, com informações do Diário do Pará)

Coca-Cola no Brasil têm a maior concentração de substância cancerígena

Coca-Cola no Brasil têm a maior concentração de substância cancerígena

Isso é o que diz um estudo norte-americano divulgado nesta terça-feira (26/6) pelo Centro de Ciência de Interesse Público

 
Coca Cola

Latinhas de Coca-Cola vendidas no Brasil têm a mais alta concentração de 4-metil imidazol (4-MI), substância que em altas dosagens pode causar câncer. Isso é o que diz um estudo norte-americano divulgado nesta terça-feira (26/6) pelo Centro de Ciência de Interesse Público.

As latas brasileiras contêm 267 microgramas da substância por 355 ml de refrigerante. O valor está dentro do permitido pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que permite produtos com até 200 mg/kg, mas é o mais alto de todos os países pesquisados.

O Quênia ficou em segundo lugar, 177 mcg e o Canadá em terceiro, 160 mcg, seguidos por Emirados Árabes Unidos, 155 mcg, México, 147 mcg, e Reino Unido 145 mcg.

Em março, outra pesquisa do mesmo centro alertou para os perigos da substância encontrada em alta concentração na Califórnia. Lá, os fabricantes alteraram a fórmula e chegaram a 4 mcg por 355 ml.

Fonte: Correio Braziliense

terça-feira, 26 de junho de 2012

Pará tem a 5ª faculdade com atividades suspensas

Pará tem a 5ª faculdade com atividades suspensas

A Justiça Federal no Pará determinou a suspensão dos cursos de graduação e pós-graduação que o Instituto Brasileiro de Educação e Saúde (Ibes) oferece no Estado sem autorização do Ministério da Educação (MEC). O instituto, que tem sede em Brasília (DF), também foi proibido de continuar a fazer no Pará qualquer tipo de propaganda sobre os cursos e de dizer que eles são regularizados. É a quinta faculdade suspensa no Estado desde 2011 pela prática desse tipo de ilegalidade.

Segundo decisão liminar (urgente) da juíza Hind Ghassan Kayath, da 2ª Vara Federal em Belém, o Ibes está proibido de realizar matrículas nesses cursos e de dar início às aulas enquanto não conseguir credenciamento, autorização e reconhecimento do MEC. A instituição também está proibida de tentar burlar a legislação fazendo convênios com instituições legalizadas para que essas outras instituições concedam diplomas aos alunos do Ibes.

A decisão, tomada a partir de ação do Ministério Público Federal (MPF), estabelece multa de R$ 10 mil por dia se o Ibes não cumprir o que ficou determinado. Além do Ibes, desde o início de 2011 até agora a Justiça já determinou a suspensão das aulas e das propagandas sobre cursos de nível superior promovidos pela Faculdade de Educação Tecnológica do Pará (Facete), pela Faculdade de Educação Superior do Pará (Faespa) e pelo Instituto de Educação Superior e Serviço Social do Brasil (Iessb). Outra instituição que teve as atividades interrompidas foi a Faculdade Teológica do Pará (Fatep), por meio de acordo com o MPF.

O Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Alan Rogério Mansur Silva, também pediu à Justiça que o Ibes seja obrigado a devolver aos alunos todos os valores que recebeu indevidamente. A Justiça decidiu que a análise desse pedido deve ser feita durante as próximas etapas do processo. Além dos cursos suspensos, 11 outras ditas instituições de ensino estão sob investigação da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão.

Estudos - Para os alunos que queiram retomar os estudos, o MEC orienta que seja procurada uma instituição regularizada. As instituições de ensino não são obrigadas a receber esses estudantes. Caso aceitem recebê-los, primeiramente têm que aplicar testes individuais para saber em qual semestre do curso o aluno está apto a retomar os estudos.

Algumas instituições no Estado (Faculdade da Amazônia, Faculdade Maurício de Nassau, Faculdades Integradas Ipiranga e Universidade da Amazônia - Unama) anunciaram a criação de procedimentos de atendimento específicos para os ex-alunos das faculdades irregulares, para tornar mais rápida e eficiente a avaliação e transferência dos estudantes.

‘É importante frisar que os estudos serão aproveitados apenas com a aprovação do candidato nos exames e estritamente de acordo com o desempenho que cada candidato obtiver’, ressalta o Procurador Regional dos Direitos do Cidadão.

Serviço- Para saber se uma instituição de ensino é credenciada ou não junto ao MEC: Internet: http://emec.mec.gov.br. Contato: 0800-616161 (ramal 4 e depois ramal 1)

CPMI do Cachoeira marca nove depoimentos para esta semana

25/06/2012 08:11

CPMI do Cachoeira marca nove depoimentos para esta semana

Comissão ouvirá pessoas ligadas aos governadores de Goiás e do Distrito Federal que, supostamente, teriam ligações com o contraventor Carlinhos Cachoeira.
Gastão
CPI/CPMI - cpmi do cachoeira - selo da CPMI
A CPMI investiga as ligações de agentes públicos e privados com o contraventor Carlinhos Cachoeira.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados deverá ouvir nove pessoas nesta semana.

Quatro depoentes pedem ao STF garantias para permanecer em silêncio

Os três primeiros depoentes serão questionados na terça-feira (26), a partir das 10h15, sobre a venda da casa onde o contraventor foi preso em fevereiro deste ano. O imóvel, situado em um condomínio de luxo em Goiânia, pertenceu ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

Serão ouvidos na terça o ex-assessor de Perillo Lúcio Fiúza Gouthier, que teria presenciado o pagamento do imóvel; Écio Antônio Ribeiro, um dos sócios da empresa Mestra Administração e Participações, em nome da qual a casa foi registrada num cartório em Trindade (GO); e Alexandre Milhomen, arquiteto que trabalhou na reforma da residência.

Na quarta-feira (27), também às 10h15, serão ouvidas outras três pessoas ligadas ao governador de Goiás:
* Jayme Eduardo Rincón: ex-tesoureiro da campanha de Perillo ao governo do estado em 2010, é presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop) e foi citado em ligações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal (PF). Segundo as investigações, foram depositados R$ 600 mil pelo grupo de Cachoeira na conta da empresa Rental Frota Ltda., que tem Jayme como um dos sócios, com 33% de participação. A Rental já confirmou o pagamento, mas diz que se refere à venda de 28 veículos usados. Na primeira vez em que foi convocado, em 30 de maio, Jayme alegou problemas de saúde para não comparecer;

* Eliane Gonçalves Pinheiro: ex-chefe de gabinete de Marconi Perillo, ela é acusada de repassar informações sobre operações policiais. Segundo a PF, ela avisou Geraldo Messias, prefeito de Águas Lindas (GO), que agentes fariam uma operação de busca na casa dele numa operação de combate a fraudes contra a Receita Federal em Goiás. Logo que as denúncias vieram à tona, ela pediu exoneração. Da primeira vez que foi convocada, Eliane conseguiu habeas corpus para ter o direito de permanecer em silêncio e também alegou problemas de saúde para não comparecer;

* Luiz Carlos Bordoni: o radialista afirmou, em entrevista à imprensa, ter recebido dinheiro da Alberto & Pantoja Construções para prestar serviço à campanha de Marconi Perillo ao governo de Goiás em 2010.

Segundo a PF, a Alberto & Pantoja é uma empresa de fachada de Carlinhos Cachoeira para lavar dinheiro da empreiteira Delta Construções S.A. Parte do pagamento, no valor de R$ 45 mil, foi feito em um depósito na conta da filha do radialista, Bruna Bordoni, que já trabalhou no gabinete do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). Também à imprensa, o radialista afirmou que outra parte do pagamento foi feita diretamente por Perillo. O governador goiano negou o fato por meio de nota oficial, informando que "jamais fez pagamentos a quem quer que seja" e que sempre recebeu jornalistas em seu escritório, incluindo Bordoni, mas para conversas sobre temas políticos da época. Agora, Bordoni está sendo processado por Perillo.

Na quinta-feira (28), às 10h15, a CPI colhe depoimentos para buscar esclarecer fatos relacionados ao governador do Distrito Federal (DF), Agnelo Queiroz (PT). Serão ouvidos:

* Cláudio Monteiro: ex-chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, foi citado em escutas telefônicas como possível facilitador do esquema de Cachoeira no governo do DF. À CPI, Agnelo afirmou não ter conhecimento sobre qualquer proximidade de Monteiro com Cachoeira e defendeu seu ex-subordinado;

* Marcello de Oliveira Lopes: também conhecido como Marcelão, é ex-assessor da Casa Militar do DF. Segundo a polícia, ele estava envolvido na tentativa de conseguir a nomeação de um aliado de Cachoeira para o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) da capital. Agnelo relatou à CPI que, logo depois que se tornaram públicas as denúncias, Marcelão foi afastado;

* João Carlos Feitoza: ex-subsecretário de Esportes do DF, também conhecido como Zunga, é suspeito de receber dinheiro do grupo de Cachoeira e também de ser uma espécie de contato entre o governador Agnelo e o contraventor.

As reuniões da CPMI do Cachoeira são realizadas na sala 2 da Ala Nilo Coelho, do Senado Federal.
Da Redação/NA
Com informações da Agência Senado

Demóstenes propôs renúncia em troca de absolvição no plenário do Senado

Demóstenes propôs renúncia em troca de absolvição no plenário do Senado

O senador Demóstenes Torres (ex-DEM, sem partido-GO) tentou uma última aposta para assegurar seus direitos políticos...


O senador Demóstenes Torres (ex-DEM, sem partido-GO) tentou uma última aposta para assegurar seus direitos políticos e, assim, ter a chance de se candidatar em eleições futuras. Pessoalmente ou por intermédio de emissários, ele procurou nas últimas semanas algumas figuras-chave do Senado, como o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP); o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), e o ex-governador Aécio Neves (PSDB-MG), para oferecer a própria cabeça em troca da absolvição.

Sem a presença de Demóstenes, o Conselho de Ética iniciou na noite de ontem a sessão de votação do relatório de Humberto Costa (PT-PE), que pediria a cassação do mandato do colega senador.

Nos bastidores da Casa, a fórmula apresentada por Demóstenes aos interlocutores foi esta: ele tiraria licença do cargo por 120 dias - o que pode ser feito sem que o suplente venha a assumir o posto - e depois renunciaria ao mandato, desde que os senadores que têm lideranças sobre os colegas não trabalhassem pela cassação. Enquanto isso, Demóstenes os procuraria, um a um, para dizer que não tem mais condição de permanecer no Senado. E pediria a absolvição no plenário, onde a votação é secreta. Se absolvido, garantiria seus direitos políticos e depois renunciaria.

Nos recados, Demóstenes fez chegar aos senadores uma sensação de arrependimento, de que fora enganado pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, durante os últimos anos. Com isso, achava que poderia convencer seus ainda pares de que mereceria o perdão, com a garantia da renúncia ao mandato - a perda dos direitos políticos só ocorre quando há a cassação ou o acusado renuncia quando o processo já está aberto. Demóstenes contava com a decisão do Conselho de Ética pela cassação, que decidiria esse capítulo na noite de ontem, mas lutaria pela absolvição em plenário. Desse modo, garantiria os direitos políticos.

Resistências. A negociação deu errado porque houve resistências por parte dos que foram procurados.

Aécio Neves teria respondido com um sonoro não a Demóstenes, sob o argumento de que se sentiu traído pelo colega goiano. Em maio do ano passado, Demóstenes pediu a Aécio que indicasse Mônica Beatriz Silva Vieira, prima do contraventor, para o cargo de diretora regional da Secretaria de Assistência Social em Uberaba. Aécio atendeu ao pedido e Mônica foi nomeada.

Conforme as informações de senadores, Demóstenes chegou a ir a São Paulo atrás de Sarney, quando o presidente do Senado estava internado no Hospital Sírio-Libanês. Mas Sarney não o recebeu. Demóstenes teria feito a viagem de Brasília a São Paulo de carro, por ter receio de passar pelo constrangimento de tomar um avião e ser reconhecido pelos passageiros.

Depressão. Durante o período em que planejou oferecer o pescoço em troca dos direitos políticos, Demóstenes passou por períodos de depressão, segundo alguns senadores que estiveram com ele. Tomou muitos remédios, teve dificuldades para dormir e costumava entoar versos da canção Tudo passará, do cantor Nelson Ned.

O advogado Antônio Carlos de Almeida Prado, o Kakay, defensor de Demóstenes, disse que as informações que circulam no Senado, de que seu cliente ofereceu a renúncia em troca dos direitos políticos, não correspondem à verdade. "Isso nunca ocorreu. Seria contraditório, porque a luta do senador é para assegurar a manutenção de seu mandato no julgamento pelo plenário do Senado", disse o advogado.

Transportes discutirá pavimentação da BR-324, entre Maranhão e Piauí

Transportes discutirá pavimentação da BR-324, entre Maranhão e Piauí

A Comissão de Viação e Transportes realizará nesta quinta-feira (28) audiência pública para discutir a pavimentação da BR-324, que interliga os municípios de Balsas (MA) e Ribeiro Gonçalves (PI).

O debate foi proposto pelo deputado Lourival Mendes (PTdoB-MA). Ele explica que a região de Balsas concentra as maiores plantações de soja do Cerrado maranhense, mas a precariedade das estradas está impedindo o transporte dos grãos.

Segundo o deputado, uma estrada vicinal, cheia de poeira e buracos, é o único caminho entre as fazendas que ficam no alto da serra e a MA-140, onde ficam os armazéns. Por lá, devem passar este ano 500 mil toneladas, 1/3 da produção maranhense de soja.

Foram convidados:

- o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos;

- o superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) do Maranhão, Gerardo de Freitas Fernandes;

- o secretário de Infraestrutura do Maranhão, Max Barros;

- o presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Corredor de Exportação Norte (Fapcen), José Antonio Gorgen;

- o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap - Porto do Itaqui), Luiz Carlos Fossati;

A reunião será realizada às 10 horas, no Plenário 11.
Da Redação/WS

Comissão pode votar na quarta parecer sobre PEC do Trabalhador Doméstico

25/06/2012 18:32

Comissão pode votar na quarta parecer sobre PEC do Trabalhador Doméstico

A Comissão Especial sobre Igualdade de Direitos Trabalhistas se reúne nesta quarta-feira (27) para discutir e votar o parecer da relatora, deputada Benedita da Silva (PT-RJ), a respeito da Proposta de Emenda à Constituição 478/10. A PEC iguala os empregados domésticos aos demais trabalhadores urbanos e rurais ao revogar o parágrafo da Constituição que garante hoje aos domésticos apenas 9 dos 34 direitos trabalhistas previstos.

O relatório ainda não foi divulgado. Segundo a assessoria de Benedita, o texto está passando pelos últimos ajustes. Em audiência pública realizada em maio, a relatora afirmou que a comissão tem o dever de entregar ao Congresso um texto que seja referência na ampliação dos direitos dos trabalhadores domésticos.

“Estamos fazendo uma análise de impacto na Previdência para que possamos ter um parecer que, votado na Câmara dos Deputados, possa ir para o Senado em condição de ser aprovado sem mudanças e de a presidenta Dilma sancionar”, declarou na ocasião.

Autor da PEC, o deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT) reclamou da demora na análise do texto. “A matéria, do meu ponto de vista, é simples e já poderia ter sido aprovada pela comissão e ido ao Plenário”, disse. Segundo ele, a diferença de direitos existente atualmente é uma “reminiscência” da escravidão no Brasil. “Aprovar a PEC é uma questão de Justiça”, argumentou Bezerra.

Seguro-desemprego, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e hora extra são alguns dos benefícios não assegurados hoje aos mais de sete milhões de trabalhadores domésticos no País.

A reunião será realizada no Plenário 10, às 14h30.
Da Redação/MO

CPI realiza audiência sobre exploração sexual de crianças no Pará

CPI realiza audiência sobre exploração sexual de crianças no Pará

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes realiza hoje audiência pública com a coordenadora da Comissão de Justiça e Paz da Regional Norte 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), irmã Marie Henriqueta Ferreira. Ela falará sobre ações de prevenção e de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes no Pará.
O debate foi sugerido pelo deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA).

A CPI foi criada após a divulgação de denúncias e de matérias veiculadas pela imprensa sobre turismo sexual e exploração sexual de meninos e meninas. A presidente da comissão é a deputada Erika Kokay (PT-DF). A relatora é a deputada Liliam Sá (PSD-RJ).

A audiência está marcada para as 14h30, no Plenário 9.
Da Redação/PT

Agricultura debaterá medida provisória que altera o Código Florestal

Agricultura debaterá medida provisória que altera o Código Florestal

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural realizará audiência pública nesta quarta-feira (27) para discutir a Medida Provisória 571/12, que altera o novo Código Florestal (Lei 12.651/12).

A iniciativa do debate é dos deputados Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Abelardo Lupion (DEM-PR).

A MP 571/12 definiu no tempo e no espaço o que vem a ser a prática agronômica de pousio, conferindo, também, neste caso, maior segurança jurídica e evitando que áreas em estágios iniciais de regeneração, como no caso da Mata Atlântica, pudessem ser consideradas como consolidadas e, portanto, passíveis de utilização.

Votação em julho
A MP, que é relatada na comissão mista especial pelo deputado Bohn Gass (PT-RS), já recebeu mais de 727 emendas de parlamentares. Gass acredita que o relatório deve ficar pronto para análise do Plenário da Câmara até o início de julho. A comissão mista também fará audiência sobre a MP nesta semana.

O Supremo Tribunal Federal arquivou mandado de segurança contra a MP, impetrado por cinco deputados da Frente Parlamentar Agropecuária. Os parlamentares consideraram que a MP não observou o devido processo legislativo constitucional, porque foi editada antes de esgotado o processo de análise do Código Florestal, que ainda depende de discussão pelo Congresso dos 12 vetos e das 32 modificações feitas pela presidente Dilma Rousseff.

Foram convidados para a audiência:
- o ministro do Superior Tribunal de Justiça e professor de Direito Ambiental Antonio Herman de Vasconcellos e Benjamin;
- o juiz aposentado José Maria da Costa;
- o pesquisador da Embrapa Celso Luiz Moretti.

A reunião será realizada às 10 horas, no Plenário 6.

Íntegra da proposta:

Da Redação/ RCA

Parlamentares brasileiros discutirão impeachment de Fernando Lugo

Parlamentares brasileiros discutirão impeachment de Fernando Lugo

A representação brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul) discutirá nesta tarde feira (26) a suspensão do Paraguai da instituição, integrada por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Em reunião marcada para as 15 horas, o presidente da representação, senador Roberto Requião (PMDB-PR), vai colocar em debate o impeachment do ex-presidente paraguaio Fernando Lugo e sugerir aos outros integrantes do colegiado a suspensão do país do Parlasul.

O Paraguai foi suspenso neste domingo (24) do Mercosul até 2013, devido à forma como conduziu o impeachment de Lugo – o processo todo, encerrado na noite de sexta-feira (22), durou cerca de 30 horas.

A crítica dos países vizinhos refere-se ao fato de não ter sido dado direito de defesa a Lugo, condenado por mau desempenho de suas funções com respaldo da Constituição paraguaia.

Já nesta semana, o Paraguai não poderá participar da reunião de cúpula do Mercosul em Mendoza, na Argentina. A suspensão deverá ser estendida ao Parlasul, que tem reunião marcada para 2 de julho em Montevidéu (Uruguai), e também ao âmbito da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Ainda assim, Requião quer debater a medida. “Vamos apoiar a decisão da suspensão. Lugo sofreu um golpe”, disse.

Roberto Requião acredita que, na mesma reunião em que o Parlasul discutirá a suspensão do Paraguai, deverá ser debatida a inclusão imediata da Venezuela no Parlamento. “A Venezuela estava sendo vetada pelo Paraguai e economicamente ela é muito mais importante”, observou.

A reunião da representação brasileira desta terça será realizada no plenário 19, na ala Alexandre Costa, no Senado.

Relações Exteriores
No âmbito da Câmara, a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional também poderá se reunir nesta terça-feira para discutir o assunto. A presidente da comissão, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), verificará a possibilidade do encontro e tentará conseguir o apoio dos presidentes da Câmara, Marco Maia, e do Senado, José Sarney, para o que considera a defesa da democracia no Paraguai.

Arquivo/ Gustavo Lima
Perpétua Almeida
Perpétua Almeida: ações têm que ser combinadas.

“A Comissão de Relações Exteriores não pode agir sozinha. As ações devem ser combinadas com os presidentes da Câmara e do Senado e com a Comissão de Relações Exteriores do Senado. Podemos puxar esse grupo, junto com o governo brasileiro, e criar uma articulação com outros parlamentos do Mercosul”, explicou.

Perpétua Almeida reafirmou sua posição contrária ao impeachment sumário de Fernando Lugo: “Ninguém em sã consciência imaginou que, em menos de 30 horas, se faria um impeachment e se tiraria do poder um governo eleito de forma popular. Nenhum método que cerceia o direito de defesa legítima pode ser considerado democrático.”

A deputada acredita que o Brasil está agindo de forma correta. Também para o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), vice-presidente brasileiro do Parlasul, as decisões tomadas até agora são as necessárias, porque o Paraguai teria descumprido acordos internacionais: “Esses acordos preveem que, quando há um atentado à democracia e ao Estado de Direito ou uma ruptura desse Estado democrático, os países devem fazer o que estão fazendo.”

*Matéria atualizada às 13h43
Reportagem - Noéli Nobre
Edição - Natalia Doederlein

A isenção do imposto de renda dos proventos de aposentadoria e pensão dos portadores de doenças graves relacionadas em lei.

A isenção do imposto de renda dos proventos de aposentadoria e pensão dos portadores de doenças graves relacionadas em lei.

Um caso típico da má-fé da administração pública brasileira


Elaborado em 06/2012.
Mal informados a respeito de seus direitos, os aposentados e pensionistas são presa fácil dos alvitres arrecadatórios do Estado, muito pouco interessado em informá-los do benefício fiscal.

O direito à informação talvez seja, enquanto corolário do princípio da publicidade dos atos da administração, um dos pilares do estado democrático de direito, uma das condições para o legítimo exercício dos direitos fundamentais e um dos indicadores do respeito às balizas mestras de nossa ordem jurídica insculpidas no preâmbulo da Constituição Cidadã[1].

Tendo em vista as tradições autoritárias da administração pública brasileira, cumpre denunciar o absoluto quadro de desinformação dos potenciais beneficiários de uma das mais importantes desonerações tributárias contidas em nossa ordem jurídica relacionadas à isenção tributária dos proventos de aposentadoria ou reforma em razão de acidente de serviço, de doenças graves relacionadas na lei, bem como dos portadores de moléstias profissionais.

A benesse está prevista no artigo 6º, inciso XIV, da lei federal 7.783/88:
Art. 6. Ficam isentos do imposto de renda os seguintes rendimentos percebidos por pessoas físicas:
(...)

XIV – os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma. (sem grifos no original)

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Regras de aposentadoria para portador de câncer

Regras de aposentadoria para portador de câncer

O advogado previdenciarista ROBERTO ABREU COSTA resposta à seguinte pergunta:
Muda alguma coisa nas regras de aposentadoria para portador de câncer?

Eis a resposta, com atenção para o último parágrafo
:
Em primeiro lugar, gostaria de ressaltar que para se adquirir uma aposentadoria, teremos que seguir alguns passos. A Lei 8.213/99 esclarece como adquiri-la. Há uma seqüência de exigências a serem cumpridas até chegar ao objetivo final. Além disso, a partir de 1998 com a Emenda Constitucional número 20, obter uma aposentadoria se tornou ainda mais difícil, pois novos “obstáculos” foram incorporados as exigências como por exemplo idade mínima para aposentadoria no caso homem, este terá que ter no mínimo 53 anos de idade e se mulher, esta terá que ter no mínimo 48 anos de idade, passa a vigorar a expectativa de vida, quanto mais idoso o segurado for maior sairá a sua aposentadoria, logo, aqueles que tendem a se aposentar mais jovens, terão um valor a receber reduzidíssimo com isso, o mais importante é observar e procurar alguém que entenda do assunto para não vir a se arrepender mais tarde.

Na maioria dos casos, o funcionário público da previdência social, não explica absolutamente nada, digo, com relação ao fato se aquele momento é o mais apropriado para se requerer uma aposentadoria. Há de se ressaltar que o funcionário público em muitos casos está altamente sobrecarregado o impedindo de dar um atendimento mais adequado e elucidativo.

Voltando a nossa pergunta, antes de tudo, se faz necessário explicar que o fato de uma pessoa ser portadora de câncer ou qualquer outra doença que o incapacite a exercer suas funções normais, ele deverá estar filiado ao INSS e ter no mínimo uma quantidade de contribuições necessária para solicitar qualquer tipo de beneficio. Se for contribuinte autônomo e nunca tiver contribuído para o INSS como empregado, terá que ter no mínimo 12 meses de contribuições. No caso de empregado a filiação será automática a assinatura da carteira profissional. Este se sofrer qualquer tipo de acidente, por exemplo, poderá recorrer ao INSS, após o prazo de competência deste e passar por uma perícia médica que dirá se ele terá direito ou não ao auxilio pretendido.

Visto isto, quando o individuo está acometido de algum problema de saúde, este deverá passar por uma perícia médica, pois a aposentadoria não se dá diretamente, a não ser em casos excepcionais, ou seja, o médico perito ao examinar o segurado, detecta de imediato o seu estado critico e o aposenta. Na maioria dos casos, o passo primeiro é o auxilio doença. Hoje com o avanço da medicina, seja qual for o quadro apresentado, a doença poderá ser reversível, tornando aquele individuo apto para o retorna ao trabalho. Dou como exemplo o caso dos portadores de HIV, logo no inicio da descoberta da doença em alguns pacientes no nosso país, não havia qualquer tipo de remédio que pudesse aliviar aquele sofrimento, somente os mais abastados financeiramente, conseguiam remédios para combatê-la, normalmente remédios experimentais e caríssimos encontrados nos Estados Unidos da América ou em países da Europa como França, Alemanha e Inglaterra. Com tantas dificuldades os mais pobres tendiam a morrer rapidamente sem qualquer tipo de tratamento adequado.

Com as novas descobertas e a quebra de patentes por parte do Governo Federal, os remédios passaram a ser desenvolvidos no Brasil e estas pessoas foram contempladas com a gratuidade destes medicamentos. Assim, aquela doença que no inicio era fatal, hoje já se tornou controlada e o portador de HIV tende a viver por muitos anos e talvez nem venha a falecer por aquele acometimento.

Diante disto, é justo dar-lhe alta, pois este se encontra com a sua saúde plena e com perfeitas condições de voltar as suas funções, cedendo aquele valor recebido a outros com problemas piores.

Com o portador de câncer não é diferente. As regras são as mesmas, se este se encontrar inapto para o trabalho, antes de qualquer coisa deverá requerer o auxílio doença, passará por uma perícia médica e caso não tenha mais condições de retorno ao trabalho o perito lhe concederá aposentadoria por invalidez.

Gostaria de ressaltar, que o aposentado por invalidez, não poderá retornar ao trabalho, pois o próprio nome já diz: invalidez. Caso retorne ao trabalho e o INSS consiga detectar o seu retorno, este terá que devolver o dinheiro recebido, pois estará caracterizado no ato de retorno ao trabalho uma ilegalidade. Além do que, podemos vislumbrar como um ato imoral.