sexta-feira, 18 de março de 2011

BELÉM/PA: Festa cametaense é mostrada para todo o Brasil

18.03.2011

Festa cametaense é mostrada para todo o Brasil

Festa cametaense para todo o Brasil
          
A euforia do povo cametaense pelo sucesso do time da cidade está resultando em comportamentos fora do comum, já registrados por uma equipe da TV Liberal que esteve na cidade. A reportagem foi encomendada pela Rede Globo para ser exibida provavelmente no Globo Esporte, amanhã. A outra hipótese é a exibição no Sportv. O repórter André Laurent vai mostrar ao país a irreverência dos cametaenses e as armas do time que eliminou o Remo e vai decidir o primeiro turno com o Paysandu.  
          
O protagonista da reportagem será Leandro Cearense, por ser o maior artilheiro de todos os 20 campeonatos estaduais em andamento (15 gols) e pela história como ex-guarda de segurança que até dois anos atrás era peladeiro. Leandro vai aparecer com a farda que usava na antiga profissão e num campo de pelada, como foi descoberto em Castanhal pelo ex-jogador Almir Conceição, agora seu empresário. Assim, o goleador do Cametá aproveita uma chance singular de visibilidade e valorização profissional que Rafael Oliveira desperdiçou. O atacante do Papão se recusou a contar para o país a sua história de “flanelinha”, como trabalhava em Canudos antes de emplacar como profissional de futebol, sendo hoje o segundo maior goleador dos campeonatos estaduais com 14 gols.   
                
 
                  
O que mudou sem Thiago Potiguar?
         
Para justificar a melhora tática do Paysandu sem Thiago Potiguar, o técnico Sérgio Cosme recorreu à experiência que teve com Denner no Grêmio/RS em 1993. Conta que Denner não assimilava as funções táticas e pedia para jogar livre de obrigações, do seu jeito. Cosme diz que o mesmo acontecia no Paysandu com Thiago Potiguar, que não se encaixava nos planos táticos, mas como resolvia individualmente, o time jogava em função dele. Agora, com Alex Oliveira ou com Marquinhos, o time bicolor passa a ser fiel à planificação tática. Por isso a diferença notada no jogo do último domingo, contra o Independente.  
         
Pode parecer heresia apontar uma vantagem tão expressiva da ausência de um jogador que foi fundamental na Curuzu. O tempo vai dizer se a vantagem tática compensa a desvantagem técnica da ausência de Potiguar. Por outro lado, mesmo sem intenção, Sérgio Cosme acendeu o alerta para aquela que deverá ser a maior dificuldade de adaptação do atleta no exterior. A menos que o time chinês também se disponha a jogar em função dele, liberando-o das obrigações táticas, o que não é usual pelo mundo afora. 
 
 
            
Por enquanto, Leão lidera público e renda
         
Em cinco mandos de jogos, o Remo lucrou R$ 498 mil. O Paysandu lucrou R$ 377 mil em seis jogos, um jogo a mais por causa do acordo com o rival na divisão da renda do Re-Pa. Ou seja, o Leão lucrou R$ 121mil a mais que o Papão. Na média por jogo, o Remo faturou R$ 99,6 mil e o Paysandu R$ 62,8 mil.
        
Na soma de público, o Remo teve 67.901 pagantes (média de 13.580 por jogo) e o Paysandu 55.197 (média de 9.195 por jogo). Na decisão contra o Cametá, em Belém, o Papão terá tudo para superar o rival. A diferença está em 12.804 nos números absolutos. Na média a vantagem azulina só seria superada se o Papão tivesse 40 mil pagantes contra o Cametá, o que impossível na Curuzu.
 
 
                   
Reforço de “peso”, uma idéia fixa
       
Vira e mexe, volta no Remo e Paysandu a ideia de contratar um jogador que seja caro, mas resolva. É o tal reforço de “peso”, tão cobrado pelos remistas nos últimos dias para o ataque. De fato, seria o ideal. Isso é indiscutível. Mas, o que pensariam sobre isso os jogadores desse perfil?
       
Quem nossos clubes desejam, têm mercado na Série B e alguns até na Série A. A fama dos nossos clubes lá fora é de caloteiros. As condições de trabalho aqui são ruins. Não há Centro de Treinamento, a musculação é feita em academias conveniadas, para onde os profissionais viajam em ônibus desconfortáveis, num calor infernal. E além de tudo isso, Leão e Papão deixaram de ser vitrines para o cenário nacional. Por tudo isso, os jogadores renomados, tão desejados, até viriam por salários vantajosos e com dinheiro adiantado. E não há dinheiro! O Remo já foi descartado nos últimos dias por Dodô, Somália, Ricardo Xavier e outros.  Neste fim de semana, Paulo Comelli e Armando Bracalli vão tratar pessoalmente no sudeste com as opções que restam na agenda.  
       
Dirigentes, torcedores e até parte da imprensa ainda não caíram na real. É preciso viver e trabalhar em cima da realidade, com sabedoria e seriedade para virar esse jogo. Eu disse sabedoria e seriedade!   

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