Fininho se concentra nas semifinais do Parazão

06.03.2011

Fininho se concentra nas semifinais do Parazão

(Foto: Mário Quadros)

O vento forte anuncia que a chuva está prestes a cair sobre Belém. Fininho corre em direção à sacada do quarto para observar atentamente às águas que tocam ao chão numa velocidade impressionante. O jogador do Clube do Remo ergue os olhos aos céus, reflete e abre um sorriso meio acanhado. O contato entre Deus e ele acaba de ser feito. O tempo continua nublado, a chuva começa a cair mais intensamente, então o meio campista acha melhor se recolher.

Em pensamento, Fininho lembra que é domingo de carnaval, a capital paraense está tranquila, parece vazia, provavelmente porque os foliões já deixaram a cidade em direção às regiões mais procuradas de todo o Estado. Ele não dá à mínima, deita na rede, preocupado com o jogo da semifinal do Parazão 2011. A folia do atleta é comemorada de um outro jeito, sem abada, máscaras ou fantasias, até mesmo porque Fininho prefere respeitar sua religião: a evangélica.

Durante uma breve reflexão, Fininho se lembra de como era a sua vida antes de se tornar jogador de futebol. Ele sempre saia com os amigos para um retiro da Igreja, uma das casas preferidas do Amapaense. Depois, Fininho abre o livro e dá início à leitura. Ah, e não é um livro qualquer. Um versículo revela todo o conteúdo: “O Senhor é meu Pastor, nada me faltará”.

Fininho folheia a Bíblia Sagrada por mais alguns minutos, antes de concluir a atividade. Outro momento o faz voltar no tempo. O jogador recorda o ano de 2010, quando foi campeão amazonense, pelo Penarol. Foi dos pés dele que saiu o gol do título, numa tarde em que ele trajava a camisa de número 23, em homenagem ao Salmo que ele mais gosta. Fininho, então, sai da rede e começa a orar. Ele agradece ao Papai do Céu por vestir a 10 do Leão, também aproveita para pedir sucesso à equipe remista, que tem uma longa trajetória pela frente. (Diário do Pará)