sábado, 16 de abril de 2011

RIO DE JANEIRO/RJ: Improviso se torna solução na lateral vascaína

16.04.2011

Improviso se torna solução na lateral vascaína

POR RAPHAEL ZARKO

Rio - Contra o Santos, no primeiro turno Brasileiro do ano passado, o então técnico do Vasco, Celso Roth, colocou Allan na lateral direita pela primeira vez na carreira. O resultado não poderia ser pior: 4 a 0 para o Peixe. Mas neste domingo, contra o Olaria, o meia, que joga de volante também, disputa seu oitavo jogo seguido na posição. O titular da lateral, Fagner, que convive com contusões desde o início da carreira, jogou nove partidas em 2011.

Poucos momentos depois da entrevista coletiva desta sexta-feira, em São Januário, Allan, de 20 anos, circulava normalmente com um amigo pela lanchonete e pela área social do clube, onde foi vaiado em dois jogos difíceis para o Vasco, contra ABC e Cabofriense. Embora tímido, o jovem não repete as críticas do veterano Felipe, que reprovou o comportamento da torcida, em defesa do lateral improvisado e do time.

“É normal, o torcedor tem direito de vaiar. Nós estávamos jogando mal, mas tive tranquilidade para dar a volta por cima. Até porque não adianta ficar nervoso”, disse Allan, que é sempre muito elogiado pelo técnico Ricardo Gomes. “Não é qualquer um que recebe vaias daquele jeito e consegue fazer jogos tão bons”, disse o treinador.

Mesmo que seja em tom de brincadeira, Allan já pensa em, aos pouquinhos, deixar de ser visto como o ‘improvisado’ na posição. Ele sabe que precisa corrigir a deficiência nos cruzamentos. Foram apenas três certos e 20 errados no Campeonato Carioca até agora. Além disso, foi pelo setor dele que o Vasco levou gols contra ABC e Cabofriense.

“Não é fácil a mudança, e demora para adaptar. Entendi que não pode chegar ao ataque toda hora, como acontece no meio de campo, e aprendi a importância de cobrir bem a defesa”, disse o jogador, que foi revelado pelo Madureira.

No discurso pronto, Allan lembrou que respeita muito o titular Fagner, que ainda não tem data para voltar a treinar com o grupo. “Sei que daqui a pouco ele volta, mas quem sabe eu não fico por ali e acabo pegando essa vaga para mim”, brincou Allan, que dispensa o improviso com um sorriso espontâneo, sempre aberto.

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