terça-feira, 10 de maio de 2011

BELÉM/PA: Temporal deixa Belém paralisada

10.05.2011.

Temporal deixa Belém paralisada (Foto: Marco Santos)
(Foto: Marco Santos)

Belém foi arrebatada por uma forte chuva durante o final da tarde e começo da noite de ontem. O temporal inundou as principais vias de acesso e transversais, deixando pessoas ilhadas e o trânsito difícil de encarar na volta para casa.

Na avenida Pedro Álvares Cabral, um caudaloso rio se formou e atraiu meninos que brincavam jogando água, enquanto pessoas corriam para se refugiar embaixo dos toldos mais próximos e se aglomeravam em cima dos bancos das paradas de ônibus. Na Boulevard Castilhos França, sacos de lixo deixados pelos comerciantes e feirantes do Ver-o-Peso deslizavam espalhando restos de comida e toda a sorte de resíduos pela avenida.

Ilhadas em frente a uma panificadora no cruzamento da rua Fernando Guilhon com a travessa Apinagés, dezenas de pessoas decidiam o que fazer. “Eu já enfrentei toda essa chuva desde lá do canal São Miguel, mas ainda falta uma quadra para chegar até a minha casa”, contou a doméstica Vera Lúcia de Menezes. Na mesma situação estava o pintor Jefferson Moraes Souza, que arregaçou as calças e criava coragem para tirar o tênis e atravessar a rua para ir pra casa.

A chuva diminuiu por volta das 19h e o trânsito ficou mais intenso. As principais vias, como a avenida Almirante Barroso, a João Paulo II e a Perimetral, ficaram engarrafadas. No Umarizal, na Doca de Souza Franco e transversais, a chuva veio acompanhada da falta de energia. A falta dos semáforos deixou o trânsito ainda mais confuso.

“Eu não sei para onde ir. Estou sem opção. A cidade está toda alagada e para onde a gente se meter vai pegar ou alagamento ou engarrafamento. Nada muda. Pelo contrário, piora a cada chuva”, observou o professor Richard Amaral, que tentava vencer o engarrafamento na Almirante Barroso. A situação foi parecida na avenida João Paulo II. Além do engarrafamento, a via apresentou pontos de alagamento nas esquinas das travessas Lomas Valentina, Mauriti, Mariz e Barros. Essas duas últimas ficaram intrafegáveis em alguns pontos.

No canal da Cipriano Santos, no bairro de Canudos, a preocupação era que continuasse chovendo de madrugada. “Já estamos até acostumados com o canal transbordando e as ruas alagando, mas o pior é quando a chuva cai de madrugada e a gente acorda praticamente no meio da água. Vamos passar o resto da tarde e o começo da noite limpando tudo”, disse a moradora Telma Cruz. (Diário do Pará)

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