Depois da segunda metade do século XX, a mulheres aos poucos conseguiram conquistar sua independência em relação aos homens. Passaram, então, a formar família sem, necessariamente, precisar da figura do homem ao seu lado. E hoje, no Estado do Pará, cerca de 734 mil famílias são chefiadas pela mães, que também fazem o papel de pai.
A pesquisa divulgada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), nesta quinta-feira (5), mostra que entre os sete Estados que compõem a região Norte, o Pará está em primeiro lugar. A quantidade de mães que tem a dupla função familiar em todo o Norte é de 1,6 milhões. O Pará detém cerca de 46% desse total.
'O triste desse dado é que dessa porcentagem de mães lideres do lar, 50% ganham entre meio e um salário mínimo, ou seja, muitas dessas mulheres vivem em estado financeiro crítico. Com ganhos entre um e dois salário mínimo, o Pará tem 19,97% do total. As mulheres que recebem acima de 20 salários são um minoria insignificante, sendo apenas 0,20%', analisa Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese.
Região Norte - Depois do Pará, o Estado com maior número de mães chefes de família é o Amazonas, com 374 mil mulheres. Em terceiro lugar vem Rondônia, com cerca de 159 mil mulheres. Logo depois está o Estado de Tocantins, com 141 mil mulheres.
O ranking continua com o Acre, com cerca de 73 mil mulheres chefes do lar. Um pouco abaixo está o Amapá, com 72 mil mulheres. Em último lugar vem o estado de Roraima, com apenas de 50 mil mulheres chefiando a família.
Redação Portal ORM
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