segunda-feira, 22 de agosto de 2011

ANANINDEUA/PA: Parada coloriu a cidade contra o preconceito

22.08.2011.

Parada coloriu a cidade contra o preconceito (Foto: Everaldo Nascimento)
Cerca de 200 mil chamaram a atenção contra o preconceito (Foto: Everaldo Nascimento)

A Mulher Maravilha esteve por lá, junto com a Mulher Gato. Uma oncinha e um pirata também marcaram presença. A criatividade e o colorido das roupas e acessórios deram o tom à 6ª edição da Parada da Diversidade Sexual de Ananindeua - considerada a segunda maior do Estado – realizada na tarde de ontem.

A estimativa dos organizadores do evento era bater o recorde do ano passado (120 mil pessoas), reunindo 200 mil participantes. Logo na concentração, na Praça da Bíblia, já era possível ver a animação do público. 

Por volta das 17h, teve início o percurso, que terminou no ginásio do “Abacatão”.

“Esse movimento é para mostrar que somos unidos e uma oportunidade de pedir respeito e igualdade de direitos”, disse André Silva, que participou da parada pela primeira vez.

Com o tema “Lutar pelos direitos é lutar pela vida, diga não à homofobia”, os participantes animaram a passeata, que contou com trios elétricos, DJs e bandas musicais.

Segundo Beto Paes, coordenador do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) do Pará, apesar dos avanços, ainda há muita discriminação e violência. “Ainda temos muitos casos de mortes de homossexuais. Somente no ano passado, foram 292 em todo o Brasil”, disse. Este ano já foram 14 mortes no Pará.

Para Beto, a parada é uma maneira de dialogar melhor com o poder público e a sociedade. “É importante garantir políticas públicas para este segmento, que é o que mais cresce no mundo. É importante saberem que não estão lutando sozinhas”, destacou o cantor Eloy Iglesias.

Sandra Batista, vice-prefeita de Ananindeua, também participou do evento. “Esta parada tem um diferencial, pois tem sido um exemplo, sem violência. A prefeitura apoia este evento porque acredita que o Estado tem que zelar pelo direito de todos. Queremos uma sociedade justa, democrática e fraterna”, avaliou. (Diário do Pará)

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