sábado, 13 de agosto de 2011

Caso Joelson: em noite de depoimentos, casal confessa o crime

13.08.2011.
  Savana Nathália Barbosa Cruz, a “Viúva Negra”, de 25 anos, e Raimundo Nonato Ferreira dos Santos, o “Maranhão”, de 33 anos, confessaram formalmente a autoria do assassinato do técnico em informática Joelson Souza Ramos, em depoimento à polícia. O depoimento atravessou a madrugada e o dia de ontem, na Delegacia Geral. A vítima foi morta num motel de Ananindeua, no último dia 10 de julho, tendo o corpo esquartejado e a cabeça levada pelos homicidas. As falanges dos dedos das mãos da vítima também foram seccionados para dificultar a identificação. O casal foi preso anteontem, após 32 dias de fuga. Ontem à tarde, eles foram submetidos a exame de corpo de delito e, à noite, foram transferidos para as casas penais onde cumprirão a prisão preventiva.

Savana foi presa em Almeirim, município localizado no Oeste do Estado, quando viajava de barco para o Amapá. Raimundo foi preso no município de Novo Repartimento, quando tentava embarcar para o Maranhão. A imprensa não teve acesso ao teor dos depoimentos. Mas foi revelado, pela Divisão de Homicídios, que o casal confessou o crime e contou detalhes minuciosos do assassinato macabro.

Cabeça - O delegado Luís Xavier, que preside o inquérito, revelou que os depoimentos dos acusados foram tomados em separado, simultaneamente. Segundo ele, a polícia já tem certeza que eles são os autores do crime, mas ainda precisa esclarecer qual a participação de cada um no assassinato. Outra pergunta ainda sem resposta é a localização da cabeça da vítima. Na véspera, Raimundo chegou a dizer para a polícia que abandonou a cabeça num lixeiro, na BR-316. Mas essa informação ainda não foi confirmada.

Por volta de 12h15 de ontem, os acusados chegaram em carros separados, descaracterizados, ao Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, juntamente com o delegado Xavier. A presença dos suspeitos causou rebuliço entre os funcionários do centro, que saíram do prédio para observar o movimento dos policiais com os suspeitos, entre fotos de celular e comentários mordazes sobre a brutalidade do crime cometido.


Primeiro, Raimundo foi à sala de uma médica-legista para registro de impressões digitais, além de fazer o exame de corpo de delito. Só quando ele voltou ao carro - uma Hilux prata peliculada -, Savana fez o mesmo procedimento. Todos saíram sem falar com a imprensa, mais ou menos meia hora depois da chegada. O exame de corpo de delito é de praxe, feito com todas as pessoas que acabaram de ser presas. Serve para atestar a saúde física do suspeito, antes de ser entregue no Sistema Penal. É
uma forma de garantir que a pessoa não sofreu violências sob a tutela do Estado.

Inquérito - Xavier explicou que tem 10 dias para concluir o inquérito policial e remetê-lo à justiça, que é o prazo estabelecido para a prisão preventiva dos acusados. À noite, a assessoria de imprensa da Superintendência do Sistema Penal (Susipe) confirmou que Savana foi levada ao Centro de Recuperação Feminino (CRF), em Ananindeua, e Raimundo para o Centro de Recuperação do Coqueiro (CRC). O casal vai passar os primeiros dias numa ala de triagem, na companhia de poucos presos, para depois se juntar à população carcerária dessas unidades, na condição de presos provisórios.

A triagem serve de adaptação para prevenir que eles venham a ser agredidos

Um comentário:

  1. Nestes casos gostaria que tivesse pena de morte no Brasil para tirar do meio social pessoas dessa personalidade pois são uma aneaça para a sociedade

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