04.12.2011.
 
                           (Foto: Jaime Souzza)
Acampanha eleitoral pelo  plebiscito que no próximo domingo (11) ouvirá os paraenses sobre a  possibilidade de divisão do Pará, para criação de novos Estados, está  chegando ao fim. O presidente da Frente contra a Criação do Tapajós,  deputado Estadual Celso Sabino (PR), assegura que tem plena convicção de  que o não prevalecerá nas urnas e que o povo do Pará entendeu que a  divisão não é a solução.
Casado, pai de dois filhos, auditor  fiscal do Estado, doutorando em  Direito Público, Sabino falou aos  repórteres do DIÁRIO, Aline Brelaz e Márcio Souza, porque é contra a  divisão. “Não é dividindo o Pará que vamos resolver os problemas que  temos e que não são poucos. Temos que enfrentar essa condição com  políticas públicas sérias que alcancem todas as regiões”, afirma Celso  Sabino. Confira a entrevista:
P: Após a campanha nas ruas e na mídia, o que esperar do eleitor paraense nas urnas?
R: Com a propaganda na  TV e rádio, estamos tendo oportunidade de chegar onde nunca havíamos  chegado. Imagine os cidadãos que escutaram, como se fosse um mantra,  durante anos, que dividir é a única solução para os problemas do Pará.  Com os programas, temos a oportunidade de desmistificar, desfazer  informações postas de forma incorreta, que não condizem com a realidade,  com a verdade. Nossa perspectiva é que as vantagens possam aumentar,  sobretudo nas regiões oeste e sudeste do Estado. É uma oportunidade de  desfazer a falácia do FPE [Fundo de Participação dos Estados], de que se  houver divisão haverá aumento de recursos.
P: Na verdade esse aspecto sobre como ficarão os recursos para os três estados ainda não ficou bem esclarecido para o eleitor...
R: Pois eu vou falar de  forma bem clara. O site do STF [Supremo Tribunal Federal], desde o dia  24 de fevereiro deste ano expõe a Lei Complementar número 62/1989. É a  lei que trata do Fundo de Participação dos Estados (FPE), onde de  destina 21% da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto de Produtos  Industrializados (IPI), repartindo entre todos os Estados. A cota do  Pará é de 6,11%, e os critérios para esta repartição foram apenas  políticos. Não leva em consideração questões sociais nem número de  habitantes, como dispõe o artigo segundo dessa lei. Qualquer cidadão  pode acessar a lei e lá não há absolutamente nenhuma linha, nenhuma  palavra sobre novas unidades, nova repartição do FPE.
P: Mas isso não é lógico? Se surgirem novas unidades, terá que ter nova repartição dos recursos...
R: A lei não prevê nada  disso. Não há única linha que diga que o FPE será redividido ou mantida  a cota do Pará para dividir aos três estados. As frentes que defendem a  divisão do Pará estão apresentando cálculo totalmente fantasioso,  irreal, sem base legal. Ninguém sabe nem de onde veio. Agora que estamos  informando à população nos programas a verdade, eles estão muito  preocupados. Os resultados já estão sendo constatados nas pesquisas, que  mostram vantagem do não à divisão.
 
 
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