segunda-feira, 30 de julho de 2012

BELÉM/PA: Servidores municipais da saúde de Belém vão paralisar

Servidores municipais da saúde de Belém vão paralisar

Trabalhadores reivindicam recuperação de perdas salariais, melhor remuneração e PCCR


Melhoria das condições de trabalho nas unidades de saúde, recuperação de perdas salariais, melhor remuneração, implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PPCR). Estas são algumas das reivindicações dos profissionais que atuam na rede municipal de saúde, que deverão cruzar os braços a partir da próxima quinta-feira, 2 de agosto. A greve unificada foi anunciada no último dia 19, após assembleia geral dos profissionais ligados à Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), representados por doze sindicatos. Segundo os servidores, a greve foi o último recurso depois de várias tentativas de negociação com a gestão municipal. O objetivo dos trabalhadores é mobilizar a maior parte dos profissionais que atuam na Sesma, - cerca de 7 mil, ao todo - para chamar a atenção para as demandas das categorias. Os médicos da rede municipal já estavam em greve desde junho. Agora, a partir da semana que vem, também devem parar os enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, dentistas, farmacêuticos, assistentes sociais, fisioterapeuatas, terapeutas ocupacionais e técnicos em radiologia. Os sindicatos aos quais os profissionais são ligados elaboraram uma pauta única contendo as oito principais reivindicações em comum, que envolvem, principalmente, melhores condições de trabalho nas unidades de saúde e hospitais do município e questões salariais - como a incorporação de abonos ao vencimento-base dos profissionais, pagamento de vale-alimentação a todos os profissionais da secretaria, recuperação de perdas históricas e a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) na saúde. 'A paralisação foi decidida por unanimidade, porque a situação já chegou ao limite. Os servidores já não aguentam mais trabalhar sob as condições atuais, tanto em relação à infraestrutura quando à questão salarial'. O desabafo é de Antônio Oliveira, um dos coordenadores do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Estado do Pará (Sindsaúde), envolvido na mobilização. Ele afirma que as unidades de saúde de Belém carecem de estrutura para atendimento. 
 
'Antes de decidir pela greve, fizemos várias visitas às unidades de saúde e constatamos que as condições estão cada vez mais precárias, em alguma delas, não se tem o mínimo para trabalhar. Na semana passada, o DEVS [Departamento de Vigilância à Saúde], na Angustura, teve a água cortada por falta de pagamento, e a situação durou mais de quatro dias para ser resolvida. No Pronto-Socorro da 14, atualmente, só tem dois banheiros funcionando em todo o hospital, porque os outros estão interditatos. Esses são apenas alguns exemplos do que o profissional da saúde e o paciente têm que passar na saúde de Belém, e é por isso que resolvemos paralisar', explica o coordenador
do sindicato.  Fonte: Jornal Amazônia

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