quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

População revoltada denuncia Transportadora Bertolini

População revoltada denuncia Transportadora Bertolini

Assentaram uma placa proibindo as pessoas de trafegar no local

Balsa e pedras colocadas pela empresa, impedem passagem pela praia
O bloqueio de um trecho da praia próximo a Feira Agropecuária de Santarém por balsas da empresa Transportes Bertolini Ltda., revoltou moradores da grande área da Prainha. Além de colocar duas balsas na praia em frente às instalações de seu porto, segundo os comunitários da Prainha, os funcionários da Bertolini, a mando do gerente Juraci Neri de Souza e do empresário Mauro Bertolini, também assentaram uma placa proibindo as pessoas de trafegar no local.
Os comunitários revelaram que irão entrar com uma Ação Civil Pública no Ministério Público Estadual (MPE) denunciando a empresa Bertolini. A Associação de Moradores e o Centro Comunitário do bairro da Prainha cobram ações imediatas por parte da Capitania dos Portos, em Santarém e do Ministério Público Estadual para coibir o bloqueio da área feito pela empresa Bertolini.
Para o coordenador do Centro Comunitário da Prainha, Ailton César, a insatisfação começou após a empresa ter proibido a passagem de pessoas por uma área que dá acesso à praia, onde o local pertence à Marinha do Brasil. Ele garante que o Centro Comunitário vem acompanhando a situação desde o ano de 2001 e, apontou que o problema sempre teve a possibilidade de acontecer.
“O problema é antigo. Quando fui presidente do Centro Comunitário pela primeira vez, de 2001 até 2005, a instalação de portos já era um problema, porque havia a possibilidade de empresas se instalarem no local e fechar o acesso à comunidade”, observou.
Para ele, os moradores não devem ficar quietos em relação ao problema, mas precisam procurar os direitos junto aos órgãos competentes, principalmente porque a praia pertence à União e não a empresas privadas.
“Se os moradores continuarem quietos, em pouco tempo essas empresas vão tomar várias praias, onde elas fazem suas instalações e fecham o acesso às pessoas. O que não pode acontecer. A força da comunidade pode reverter essa situação”, advertiu.
OUTRA DENÚNCIA – Depois de receber uma denúncia de moradores do bairro da Matinha sobre a intervenção da Alameda Alecrim, com um portão instalado pela empresa Transportes Bertolini, a Juíza da 8ª Vara Civil da Comarca de Santarém, Dra. Betânia de Figueiredo Pessoa, proferiu Ação Cautelar em favor dos comunitários no início deste mês.
A decisão da Magistrada aconteceu após analisar o processo emitido pelos moradores de que depois de comprar um terreno às margens da Alameda Alecrim, a empresa do Grupo Bertolini, Ibepar Participações, bloqueou a via com um portão de madeira, não permitindo que os comunitários pudessem se deslocar até a rodovia Santarém-Cuiabá.
Por: Manoel Cardoso

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