domingo, 6 de março de 2011

Concursos: 13 já expiram sem contratações

06.03.2011

Concursos: 13 já expiram sem contratações

A luta por um lugar ao sol no serviço público se transformou em martírio para um grupo de concursados que veem cada dia mais distante seu sonho se tornar realidade. Anos de estudo e milhares de reais gastos em formação depois, têm que conviver com a frustrante espera pelo chamado que nunca chega.
Dados da Associação dos Concursados do Estado do Pará (Asconpa) apontam que existem atualmente no Estado 5.800 concursados aguardando chamada após aprovação em concursos promovidos pela administração pública estadual. Destes, 3.200 foram aprovados em um dos quatro concursos da Seduc (C-125, C-126, C-130, C-154).
Dentre os órgãos que acumulam concursados aprovados e ainda não nomeados estão a Secult, Sedect, Susipe, Fundação Curro Velho, Hospital Ofir Loyola, Sejudh, Sespa, Seel, Sedes, Defensoria Pública, CPC Renato Chaves, Procuradoria Geral do Estado e Sepaq.
A Asconpa impetrou em 2009 e 2010 centenas de mandados de segurança para garantir a nomeação de concursados em certames que estavam vencendo, que foram indeferidos porque o governo do Estado prorrogou as datas de validade. Em 2011, 13 concursos perderão a validade, após quatro anos. Entre eles os do CPC Renato Chaves, Secult e Defensoria Pública.
ESPERA
Em nível federal, a contenção de despesas anunciada pela presidente Dilma Rousseff, que contingenciou R$ 50 bilhões e determinou a suspensão de nomeações em todo o país, colocou em cima do muro a esperança de quem foi aprovado. “Temos pessoas para serem nomeadas na Infraero e a diretora Elizabeth Santos nos disse que nomearia no Instituto Evandro Chagas antes desse contingenciamento. Na Infraero, dois concursos foram suspensos, mas ainda existem pessoas a serem nomeadas”, diz José Emílio Almeida, presidente da associação.
Ele discorda da conta do governo, que aponta pouco mais de 3,8 mil pessoas para serem nomeadas. “Eles não levam em conta as vagas em aberto de nomeados mas que não tomaram posse. Aí esse número pula para 5,8 mil pessoas. Se o governo fez o concurso, é porque precisa da vagas. Se fez para dez vagas, porque nomeia apenas cinco? Há que se respeitar um planejamento e a lista de prioridades tem que ser cumprida”, contabiliza.
Almeida critica o fato de o governo sempre afirmar não ter recursos para fazer as nomeações, mas sempre chamar prestadores e terceirizados após os certames. “Hoje temos 12.700 servidores temporários no Estado e outras centenas de comissionados. Propomos ao atual governo criar uma Comissão e Acompanhamento dos Concursos Públicos para garantir a transparência no processo, o que não ocorreu na gestão passada”, aponta.

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