20.04.2011
Defesa Civil interdita maior ponte de madeira do mundo
A força das águas no rio Curuá inundou a maior ponte de madeira do mundo

Maior ponte de madeira do mundo não aguentou pressão da água e pode desabar
A força das águas no rio Curuá inundou a  maior ponte de madeira do mundo, na altura do km 60, a partir de  Alenquer e provocou a sua interdição. A ponte tem precisamente 332  metros, e não agüentou a pressão da água.
A interdição foi feita ontem pela  Comissão de Defesa Civil daquele Município, considerando o risco  iminente do desabamento da construção. Um servidor da comissão que  esteve no local, disse que a interdição é inevitável, pois só assim  haverá condições de se fazer a recuperação.
Boa parte da obra já está coberta há  pelo menos 3 dias. Isso só agravou o comprometimento dos pilares. O peso  das águas deixou a olhos nus, uma formação de um grande “S”. Alenquer  ficou isolada dos municípios da Calha Norte, entre eles Oriximiná.  Óbidos, Monte Alegre, Curuá e Prainha.
Uma balsa que serve a comunidade de  Pacoval foi enviada para o local, a fim de minimizar o isolamento, mas  pela própria estrutura da embarcação, os prejuízos a quem utiliza a  PA-254, serão inevitáveis.
A pior situação é da construtora ISOLUX,  que está realizando obras da expansão do linhão de Tucuruí, cujas obras  não poderiam ser comprometidas por atraso. A expansão definiu prazos  para rede, que não poderão ultrapassar o início de 2014, à altura de  Manaus, que vai ser sede da Copa do Mundo.
A ponte considerada um empreendimento  colossal, por ter sido construído em madeira de lei, com extensão  superior a 300 metros, foi inaugurado em abril de 2008, já em meio a  muita polêmica, pela administração municipal do então prefeito  Cleóstenes Farias. Naquele mesmo ano o Ministério Público Estadual  entrou com uma ação contra a Prefeitura, pela falta de estudo de  impactos ambientais. Na mesma ação, o Ministério Público questionou a  procedência da madeira usada na construção.
Mas estes não são os únicos  questionamentos, o promotor Danylo Colares, disse na época que devido a  construção ter sido baixa, impediu a passagem de barcos naquele local.  Esse também é o motivo da invasão da ponte pelas águas em épocas de  cheia. O empreendimento teria custado aos cofres municipais à época mais  de R$ 500.000,00. Para os padrões estruturais, feitos a partir da  maçaranduba, madeira resistente e abundante na região, os valores não  teriam sido astronômicos, pois segundo Farias, toda a madeira teria sido  retirada com custos reduzidos, pelos moradores das comunidades  próximas.
A ponte foi inaugurada a toque de caixa,  pois o Prefeito temia que a Justiça fizesse o embargo antes da sua  inauguração feita em ano eleitoral. A ponte foi inaugurada, mas a  Justiça até o momento não autorizou a sua demolição.
Por: Carlos Cruz
 
 
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