sexta-feira, 15 de abril de 2011

OESTE DO PARÁ: Empresário acusado de quebrar empresas na região

15.04.2011

Empresário acusado de quebrar empresas na região

As empresas de transportes da região estão preocupadas com o que no mercado é visto como “dumping”,

Empresa Tapajós acusada de praticar concorrência desleal na região

As empresas de transportes da região, tanto as que operam no ramo de navegação quanto as que utilizam ônibus, estão preocupadas com o que no mercado é visto como “dumping”, que é uma prática adotada quando empresas de grande porte irregularmente baixam os preços de seus serviços ou produtos com objetivo de fazer empresas de pequeno porte fecharem as portas, na falência.

Na região Oeste do Pará, esta prática completamente fora de ética está sendo praticada por uma empresa comandada por um empresário de pré-nome Hugo, que segundo dizem, é proprietário da empresa de Transportes urbanos Ouro e Prata, que faz linha para os municípios localizados na Transamazônica e Santarém/Cuiabá, agora está partindo para ter o monopólio no transporte fluvial.

As lanchas que fazem linha para os municípios da Calha Norte já estão dominadas pela Empresa Tapajós, que possui lanchas tipo ferryboat. As empresas que operavam fazendo linha para Alenquer, Juruti, Óbidos, Oriximiná e Monte Alegre, foram deixadas para trás, após a Empresa Tapajós entrar na área.

Como é feito o dumping – Lanchas de empresas pequenas que estavam fazendo linhas para os municípios da Calha Norte, como Alenquer, que cobrava passagem a R$ 25,00, teve que deixar a rota após a Empresa Tapajós colocar uma outra lancha e cobrar o preço de R$ 15,00. Depois que a empresa sai de linha, a Tapajós aumenta o preço para R$ 25,00. Assim foi feito com as concorrentes que faziam linha para Óbidos, Oriximiná, Juruti e Monte Alegre. Segundo informações do empresário Hilário Coimbra, o único acordo feito entre a Arcon e os empresários de embarcações e lanchas, foi um rodízio para que  todo dia uma lancha e uma embarcação façam a linha. Agora, a Empresa Tapajós quer entrar na rota de Itaituba. Tanto é que está fazendo lobby junto a alguns vereadores de Itaituba para que façam de tudo para colocar mais uma lancha na rota, o que está deixando os empresários fluviais em alerta. Há também informações de que, quando o concorrente não aceita vender sua lancha ou não sai da linha, o empresário denuncia para a Receita Federal e SEFA, informando que as empresas não fornecem Nota Fiscal, fazendo com que o fisco fiscalize e aplique multas exorbitantes, acabando com a falência dessas empresas que resistem à concorrência.

Uma legislação mais abrangente neste sentido deveria ser articulada entre os deputados estaduais e federais, representantes da região, para pelo menos tentar conter a fúria insaciável desse armador que usa de ardis nada éticos para construir seu monopólio. Ao final, se a sede de quebrar empresas para depois ficar com elas a preço de banana não for combatida, este empresário, conhecido por Hugo, pode ser o comandante de um monopólio que com garras gigantescas vai massacrar ainda mais o sofrido povo da Amazônia, que precisa a maioria da navegação fluvial e parte terrestre para se locomover.

Os vereadores de Itaituba entraram com um pedido junto ao Ministério Público Estadual daquela Comarca, solicitando a entrada de mais uma lancha na linha Itaituba/Santarém/Itaituba. Na ocasião, eles informaram que a Câmara Municipal de Santarém estava de acordo com eles.

Por: Carlos Cruz

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