11.04.2011
Pantera é líder até segunda ordem
São Raimundo dormiu abraçado com a liderança (Foto: Mário Quadros)
Tão difícil quanto achar um lugar nas arquibancadas do estádio Jader Barbalho, em Santarém, foi assistir ao primeiro tempo de São e Raimundo e Águia, jogo válido pela segunda rodada da Taça Estado do Pará.
Lotadinho e com alguns atrativos à parte, como a venda de pupunha pelos ambulantes. Bom... Mas, para quem não gosta da fruta, foi complicado prender a atenção. Tanto o time anfitrião quanto o visitante exageraram nos chutões. A bola mal passava da linha que divide o meio-campo e quem aparecia pela frente não contava conversa, no melhor estilo ‘bola pro mato que o jogo é de campeonato’. Foi feio.
O Águia, por obra de um carequinha, que tem estilo no toque de bola, Allan, foi um pouco superior. O apoiador era sinônimo de lucidez, o único do time de João Galvão. Fabrício, ex-Paysandu e que chegou a ser apelidado de pé de anjo, tamanha habilidade e capacidade de decisão, nem de longe lembrava o jogador de meados de 2008.
A Pantera foi um misto de desorganização e de força em detrimento à técnica, ao toque de bola. Aldivan foi quem conseguiu ditar algum ritmo, apesar de um tanto quanto desafinado. Ele tocava bem, mas os companheiros não. E para completar o pesadelo dos torcedores, que se autodenominam de loucos pelo Pantera, o atacante Sato divide uma bola, com imprudência, recebe o segundo cartão amarelo e, em seguida, o vermelho.
No segundo tempo, finalmente, alguns atletas resolveram fazer valer o preço salgado dos ingressos. A começar por Rafael Vieira, lateral-esquerdo alvinegro, que balançou pra cima do zagueiro Charles e foi calçado. Segundo cartão amarelo de Charles e outro que foi pra rua. Com menos dois em campo, sobrou espaço e a tônica da partida, a essa altura mais eletrizante, foi o contra-ataque.
Atração também foi a entrada de Michel, ex-ídolo da torcida do Mundicão, com a camisa do Águia. Bastava o amazonense tocar na bola que se escutava vaias de uma torcida ainda revoltada com o episódio da camisa rasgada e do quebra-quebra promovido por Michel, ano passado, nos vestiários do Barbalhão.
E o Águia abriu o placar. Roberto aproveitou um bate rebate na área e completou para o fundo da rede. Embora com mais um expulso, o São Raimundo arrancou o empate depois de um lance assinado por Vélber. O jogador finalizou e a defesa marabaense afastou como um bloqueio de vôlei. Pênalti marcado e concluído por Daniel. Para quem jogou com 9 parte do segundo tempo, não foi de estranhar a festa no final. (Diário do Pará)
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