sábado, 7 de maio de 2011

Divisão do Pará repercute no Amazonas

A aprovação do plebiscito que irá indicar se o Pará deve ou não ser dividido recebeu destaque nos principais veículos de comunicação de Manaus, já que, com a criação do Estado do Tapajós, muitas pessoas devem deixar de migrar para o Amazonas em busca de trabalho.

Após a aprovação na Câmara dos Deputados, na última quinta-feira, o assunto repercutiu como a nova saída de desenvolvimento para as duas regiões que lutam pela criação dos Estados do Tapajós e Carajás.

Em manchete, o site A Crítica diz: Jatene apoia plebiscito, mas sem contaminação eleitoral. O governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), é favorável ao plebiscito sobre a divisão territorial para criação dos Estados de Carajás e Tapajós, nas regiões sul e oeste paraenses, mas defende a realização de uma ampla campanha de comunicação para esclarecer a população sobre “as ameaças e oportunidades da divisão”, afirma o site. 

Outro site, o D24am, destaca: Câmara aprova plebiscito sobre a criação de dois Estados no Pará.

Alguns jornais impressos e emissoras de TV anunciaram que esse é um novo tempo para as regiões que precisam se desenvolver e atrair mais investimentos e indústrias, o que até os últimos dias é direcionado apenas a Belém, afirmam.

Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas, existem 300 mil paraenses morando em Manaus, número suficiente para eleger por exemplo, um prefeito em Santarém, vereadores e mais alguns deputados estaduais e federais.

Com a notícia, muitos moradores de Santarém, Oriximiná, Alenquerem e demais municípios que farão parte do território do novo Estado, caso este seja realmente criado, dizem que a decisão está nas mãos do povo. 

“É nesse momento que todos devem se unir”, disse o oriximinaense Leandro Campelo, que trabalha em Manaus há dois anos na área de construção civil.

DISCRIMINAÇÃO

Recentemente um episódio foi destaque em rede nacional quando uma paraense foi discriminada pelo prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, que estava em visita a uma área que oferecia riscos de deslizamentos de encostas. Na ocasião, a dona de casa Laudenice Paiva, separada, mãe de sete filhos e saída de Belém há três anos, pedia providências, pois, segundo ela, não tinha para onde ir. Após Laudenice dizer que não sairia do local, Amazonino disparou: “Minha filha, então morra, morra”.

Essas e outras palavras foram registradas por uma emissora de televisão que divulgou a matéria. A discussão afetou ainda mais aos paraenses, com a sequência do diálogo, quando o prefeito perguntou a origem da mulher e, ao ouvir que ela é paraense, disse: “Então pronto, tá explicado”.

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