Condutores denunciam apreensões irregularidades

Os condutores estão questionando alguns procedimentos adotados por alguns agentes

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Cobrança abusiva do guincho também é alvo Santarém - A falta dos documentos do veículo e do condutor, a má condição dos faróis e o rompimento do lacre de segurança da placa são algumas das irregularidades que os agentes de trânsito fiscalizam em blitz realizadas pela cidade. Porém, os condutores estão questionando alguns procedimentos adotados por alguns agentes.

O advogado José Oliva relata que, apesar da situação regular do automóvel, o agente do DETRAN tentou guinchar o veículo. “A minha filha vinha do hospital com uma prima, que estava acometida de uma virose, quando foi abordada pelo agente de trânsito, na oportunidade o agente Rodolfo, lhe pediu os documentos e como ela estava muito nervosa ela não encontrou naquele momento a documentação. Ele ameaçou de rebocar o carro dela se o documento não aparecesse, e de forma, até com uma certa empáfia, ficou instigando: ‘Cadê, não vou esperar, que eu não tenho a noite inteira para ficar aqui, tenho que resolver isso de imediato’. A minha filha me ligou, eu fui, eram umas doze horas da noite, até lá, e ela na oportunidade encontrou a documentação e entregou para o agente Rodolfo. E esse disse que assim mesmo ia lavrar o auto de infração, mesmo apresentando a documentação”.

Uma operação realizada pelo Departamento, realizada na última quinta-feira (20), o mesmo agente realizou apreensões de motos sob a acusação de lacre rompido, porém, a chefia do órgão constatou que, dentre os veículos recolhidos, nem todos estavam irregulares.

O vistoriador Isaias Libório alerta para o cuidado que o agente deve ter ao realizar a vistoria no veículo. “Primeira coisa é você olhar com propriedade o que você vai fazer, eu costumo tirar a placa para olhar na integridade da coisa. Olhar superficial, às vezes, leva a algum engano”

O condutor Clebson conta que achou estranho o comportamento de um agente e, mesmo com tudo regular, que teve o carro guinchado. “Eu achei estranho o comportamento do agente, abaixado, verificando a lateral do carro, por debaixo. Eu fui até ele para saber o motivo do procedimento dele, que eu achei estranho, aí ele falou que o carro estava apreendido. Aí eu perguntei por quê? Aí ele falou: ‘Em virtude do lacre’, ele alegou que estava violado”.

De acordo com o DETRAN, quando os carros e motos são recolhidos, o condutor é responsável pelo custeio com o guincho. Outra situação que tem gerado denúncias, pois segundo os condutores, há exageros no procedimento.

Jorge Thomas, chefe do órgão em Santarém, conta que há um cadastramento de empresas de guincho, mas que, na hora da apreensão, a escolha é feita pelo próprio agente. “No momento da abordagem, a equipe na pista, eles fazem um contato, via telefone, com qualquer uma dessas empresas, aleatoriamente, e combinam com ela. Quem pode, quem está disponível”.

Para evitar que seja lesado, o condutor deve acompanhar a inspeção do agente.