quarta-feira, 6 de abril de 2011

PARÁ: Tomate é vilão da cesta

          










































 



 06.04.2011


Tomate é vilão da cesta



Alimentação básica do belenense fica 1,67% mais cara em março, informa o dieese

O custo da cesta básica em Belém subiu 1,67% no mês de março, na comparação com fevereiro. No primeiro trimestre deste ano a alta já chega a 3% em relação aos últimos três meses de 2010. Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), o custo do belenense com a alimentação básica passou de R$ 228,94 em fevereiro para R$ 232,76 em março. O valor da cesta básica teve alta em 14 das 17 capitais pesquisadas no mês passado pelo Dieese. Na capital do Pará, mesmo com a evolução dos custos, a maioria dos produtos apresentou queda de preços.
A constante alta no preço do feijão foi contida neste início de ano em Belém. O preço do produto no mês passado registrou retração de 10,03% em relação ao período imediatamente anterior. No mesmo sentido, caíram também os custos do açúcar (-3,13%); da carne bovina (-1,83%); da farinha de mandioca (-1,44%); do leite (-1,31%) e do arroz (-0,67%). O recuo, no entanto, não alcançou produtos como o tomate, que seguindo a trajetória contrária, teve alta de 15,81%. Também tiveram seus preços reajustados o óleo de cozinha (4,97%), a manteiga (3,29%), a banana (2,56%) e o café (1,30%). 

A partir desses valores, o Dieese/PA calcula que o gasto com a cesta básica, para uma família padrão paraense - composta por dois adultos e duas crianças -, foi de R$ 698,28 em março deste ano. Para comprar os 12 itens que compõem a alimentação básica dos paraenses o trabalhador do Estado comprometeu, em março deste ano, 46,42% do salário mínimo (R$ 545,00), tendo que dedicar 93 horas e 57 minutos das 220 horas trabalhadas, conforme previsto em lei.

No mês de março, as principais altas no País ocorreram em Natal (6,19%), Salvador (4,90%), Vitória (4,88%) e Rio de Janeiro (4,33%). Houve queda apenas em Recife (-0,77), Manaus (-0,54%) e Brasília (-0,05%). Com aumento de 2,45% no mês, São Paulo continua a cidade mais cara quando os preços da cesta básica são comparados por capital. Em março, a cesta custou R$ 267,58 na cidade.

Trimestre - As refeições dos belenenses ficaram 3% mais caras neste trimestre, se comparado aos últimos três meses do ano passado. Em alguns casos, a alta de determinados produtos superou, e muito, o reajuste médio da cesta básica (3%). O tomate, por exemplo, ficou 60,27% mais caro. Seguindo a trajetória de vasta expansão, o óleo de cozinha aumentou 10,07%, e a manteiga, 6,46% no trimestre. Na contramão, produtos como o feijão - que teve recuo de 35,65% - compensaram o valor da alimentação básica na capital paraense. A carne bovina (-4,42%) e a farinha de mandioca (-3,87%) também registraram quedas. Já no acumulado dos últimos doze meses, a cesta básica de Belém teve alta de 7,90% - valor superior a inflação estimada do período, que foi de 6%. 

No acumulado de abril do ano passado a março deste ano (12 meses), a carne bovina teve o maior reajuste, fechando com alta de 21,36%. Outro produto indispensável na culinária brasileira, o óleo de cozinha, teve o segundo maior crescimento do período em Belém, chegando aos 18,73%. Também apresentou resultados relevantes o açúcar (10,28%); a banana (10,06%); a manteiga (6,89%) e a farinha de mandioca (5,41%) - todos com aumento acima de 5%. Na ordem inversa, tiveram arrefecimento o feijão (-16,20%) e o arroz (-2,61%).

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